Febre do Rato, novo filme de Cláudio Assis (Amarelo Manga, Baixio das Bestas - foto), foi o grande premiado do Paulínia Festival de Cinema 2011, vencendo em oito categorias: melhor filme (prêmio de 250 mil reais), ator (Irandhyr Santos), atriz (Nanda Costa), fotografia, montagem, direção de arte, trilha sonora e o Prêmio da Crítica.
E a edição da Cult este mês trouxe uma reportagem especial sobre este polêmico cineasta, defensor de um cinema inovador e ousado.
Assis não gosta do rótulo de polêmico, pois seu objetivo não é provocar, mas transgredir e mostrar um lado mais realista nas narrativas, discutir sobre a realidade social através do cinema.
"De que lado você samba, de que lado você vai sambar?" (Chico Science)
"De que lado está seu cinema? É um cinema para manter as coisas como estão? Ou para pensar, mudar? E teu compromisso com a sociedade sobre as questões de preconceito? Quem é você?! Para que você é artista?!" (Cláudio Assis)
Ele também diz que o cinema feito no Brasil só fala de miséria e violência, ou então só dá continuidade à programação televisiva. E há ainda os que ser alguma coisa, mas não dão a cara pra bater. Talvez ele faça justamente isso, dá a cara a bater!
"O mal do Brasil é que as pessoas querem ser cineastas. Isso dá um status que tem a ver com dinheiro e poder. Você é um ser especial, incomum. Tem de ter a resposabilidade de mostrar o que quer dizer."
"Meu cinema é muito plugado na realidade social. Acho que o mundo é muito injusto com todo mundo. E, por mais que entrem questões como o amor e a anarquia do poeta, a gente tem um problema social que é muito grave e não dá para se ausentar. E o momento que eu tenho para estar presente nessa discussão é num filme!" (Claudio Assis)
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