
Quando vi essa cena do júri reunido na sala pensei comigo "O filme não vai ser isso né?". Mas foi. E é fantástico.
Lumet cria 12 personagens marcantes e completamente diferentes. Em cada atuação, percebemos traços de personalidade e valores formados.
São vários planos-sequência aonde o personagem de Henry Fonda acaba convencendo todo o júri de que o garoto é inocente e não culpado, como os 11 haviam votado no começo da reunião.
Ford não acredita que ele seja culpado, mas também não o julga inocente, apenas não tem certeza dos fatos. Eles revisam todas as provas e depoimentos e criam hipóteses não sondadas pelo promotor e pela defesa.
Com as dúvidas, um a um, vai mudando de opinião, até votarem "inocente".
O fantástico do filme não é a história em si, mas como ela é construída e contada. Em um fragmento de história, tendo quase o mesmo tempo do próprio filme e contando com o desempenho dos atores, do diretor, da montagem e obviamente de um roteiro muito bem construído, temos uma obra-prima intrigante.
O filme prende o espectador e traz o grande questionamento sobre a banalidade humana diante de assuntos tão complexos e definitivos.
É obra de gênio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário