quarta-feira, 22 de abril de 2009

"12 homens e uma sentença" de Sidney Lumet 1957

O filme começa e nos apresenta o final de um julgamento, aonde um adolescente está sendo acusado de assassinar o pai, e o júri precisará se reunir para declará-lo culpado e inocente. Vemos rápidamente um plano desse jovem e em seguida, o júri se reúne numa sala.
Quando vi essa cena do júri reunido na sala pensei comigo "O filme não vai ser isso né?". Mas foi. E é fantástico.

Lumet cria 12 personagens marcantes e completamente diferentes. Em cada atuação, percebemos traços de personalidade e valores formados.

São vários planos-sequência aonde o personagem de Henry Fonda acaba convencendo todo o júri de que o garoto é inocente e não culpado, como os 11 haviam votado no começo da reunião.

Ford não acredita que ele seja culpado, mas também não o julga inocente, apenas não tem certeza dos fatos. Eles revisam todas as provas e depoimentos e criam hipóteses não sondadas pelo promotor e pela defesa.

Com as dúvidas, um a um, vai mudando de opinião, até votarem "inocente".

O fantástico do filme não é a história em si, mas como ela é construída e contada. Em um fragmento de história, tendo quase o mesmo tempo do próprio filme e contando com o desempenho dos atores, do diretor, da montagem e obviamente de um roteiro muito bem construído, temos uma obra-prima intrigante.

O filme prende o espectador e traz o grande questionamento sobre a banalidade humana diante de assuntos tão complexos e definitivos.

É obra de gênio.

Nenhum comentário: