Esse foi o último filme que eu vi (mais precisamente: ontem). A prof. de Dramaturgia quis fazer um paralelo entre a peça "Ësperando Godot" de Beckett e este filme.
Ainda não li a peça, mas resolvi comentar sobre o filme. Com direção de Agnès Varda (é uma mulher), francês e em preto e branco (com exceção do início). A história é de uma cantora que espera angustiada pelo resultado de uma biópsia. Ela acha que está doente e vai morrer. Isso gera conflitos internos que a levam a sair da sua rotina e parar para ver o mundo. Ela pára para se ver melhor no espelho, para ver as pessoas nas ruas, para ver acontecimentos banais que fazem parte do cotidiano de qualquer pessoa, todos os dias. São nessas descontrações que ela encontra alegria, companhia e reflexões diferentes.
Quando Cléo tira sua peruca impecável é como se estivesse tirando uma máscara social e passasse a ser ela mesma, a verdadeira Florence, cheia de qualidades e defeitos. O filme não possui uma trilha específica, mas os sons das coisas, das pessoas, das músicas diegéticas, parecem construir o silêncio que está presente na peça de Beckett. (tá eu li uns pedacinhos da peça)
Não gostei de alguns cortes na montagem do filme, porque pareciam falhas. Mas o conjunto ficou interessante. É um filme diferente, pra muitos colegas, até monótono. Mas recortar algo do cotidiano, em tempo real, sempre me fascinou. O filme literalmente é das 5 às 7 da vida de Cléo (ou Florence, como preferir).
Percebo nesse mundo, que são poucas, as pessoas que param pra perceber o mundo a sua volta. E até taxam de estranhas, esquisitas, loucas, as que fazem isso. Mas em algum momento, algo muda seu destino, sua rotina, e elas resolvem perceber, só que muitas vezes, tarde demais.
Ainda não li a peça, mas resolvi comentar sobre o filme. Com direção de Agnès Varda (é uma mulher), francês e em preto e branco (com exceção do início). A história é de uma cantora que espera angustiada pelo resultado de uma biópsia. Ela acha que está doente e vai morrer. Isso gera conflitos internos que a levam a sair da sua rotina e parar para ver o mundo. Ela pára para se ver melhor no espelho, para ver as pessoas nas ruas, para ver acontecimentos banais que fazem parte do cotidiano de qualquer pessoa, todos os dias. São nessas descontrações que ela encontra alegria, companhia e reflexões diferentes.
Quando Cléo tira sua peruca impecável é como se estivesse tirando uma máscara social e passasse a ser ela mesma, a verdadeira Florence, cheia de qualidades e defeitos. O filme não possui uma trilha específica, mas os sons das coisas, das pessoas, das músicas diegéticas, parecem construir o silêncio que está presente na peça de Beckett. (tá eu li uns pedacinhos da peça)
Não gostei de alguns cortes na montagem do filme, porque pareciam falhas. Mas o conjunto ficou interessante. É um filme diferente, pra muitos colegas, até monótono. Mas recortar algo do cotidiano, em tempo real, sempre me fascinou. O filme literalmente é das 5 às 7 da vida de Cléo (ou Florence, como preferir).
Percebo nesse mundo, que são poucas, as pessoas que param pra perceber o mundo a sua volta. E até taxam de estranhas, esquisitas, loucas, as que fazem isso. Mas em algum momento, algo muda seu destino, sua rotina, e elas resolvem perceber, só que muitas vezes, tarde demais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário