
sexta-feira, 30 de maio de 2008
"Indiana Jones e o Reino da caveira de cristal" de Steven Spielberg 2008

terça-feira, 27 de maio de 2008
"Cabra marcado para morrer" de Eduardo Coutinho 1964-84
"Ladrão de sonhos" de Jean-Pierre Jeunet e Marc Caro 1995

Filmes do mês - maio
-Uma chamada perdida de Eric Valette 2008 (1)
-Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal de Steven Spilberg 2008 (2)
-Solaris de Andrei Tarkovski 1972 (5)*
-Cabra marcado para morrer de Eduardo Coutinho 1964-84 (3)
-Ladrão de sonhos de Jean-Pierre Jeunet e Marc Caro 1995 (3)
-Quebrando a banca de Robert Luketic 2008 (2)
-1ª Temporada de LOST de J.J. Adams (5)*
-Ed Wood de Tim Burton 1994 (4)
-Solaris de Andrei Tarkovski 1972 (2)
-Entrega em domicílio de Jason Bloom 1997 (2)
-Um plano simples de Sam Raimi 1998 (4)
-Medidas desesperadas de Barbet Schroeder 1998 (3)*
-As crônicas de Nárnia: o leão, a feiticera e o guarda-roupa de Andrew Adamson 2005 (2)
-Solstício de Daniel Myrick 2008 (1)
-Sentença de morte de James Wan 2007 (0)
-Vidas em Jogo de David Fincher 1997 (5)*
*Revistos
(0)-horrível; (1)-ruim; (2)-razoável; (3)-bom; (4)-muito bom; (5)-excelente
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Notícias interessantes
Quem tiver interesse: www.cinemafins.blogspot.com
Isto significa que não postarei mais notícias por aqui, apenas lá! =)
domingo, 18 de maio de 2008
"Quebrando a banca" de Robert Luketic 2008
Festas em repúblicas, provas, trabalhos, bicos são trocados por noites luxuosas e apostas altas.
"Em Boston eu era Ben, em Vegas eu era o que eu quisesse ser!"
Foi uma das frases que eu mais gostei do filme, pois lida com o universo jovem, onde muitas vezes deixa-se de viver experiências novas para se preocupar com o futuro. E se esse futuro dependesse de viver novas experiências?
Tecnicamente é um filme bem feito, intrigante, mas previsível. E por isso, o final me decepcionou, pois desde o começo esperei por aquele final, torcendo para estar errada.
"Você é inteligente, conseguirá tudo o que quer na vida!" fala de Laurence Fishburne, no papel de Cole Williams.
Será? Muitos inteligentes se perdem no caminho, desviam-se de uma trajetória promissora, por uma ambição excessiva, que pode levar a ruína.
O jogo é traiçoeiro, ilusório, e quanto mais se ganha, mais alta é a queda. O filme não deixou de mostrar isso, mas há certas atitudes que trazem conseqüências irreversíveis. Recuperar bens e dinheiro não é o mais difícil, mas recuperar confiança, amor, amizade de pessoas que foram decepcionadas, pode ser muito mais difícil do que o filme mostra.
sexta-feira, 16 de maio de 2008
"Solaris" de Andrei Tarkovski 1972
Perdoem-me os adoradores de Tarkovski, mas se depender deste filme, prefiro não ver mais nada dele.
Desafio aceito, bora ver o filme. Pff...levei muito tempo pra conseguir ver, pois a cada meia hora dormia e só consegui terminar de ver adiantando as partes desnecessariamente (penso eu) lentas.
Reconheço 2 pontos positivos em Tarkovski (e não no filme): é preciso muita competência pra conseguir fazer tantos planos-seqüências (plano é o que está entre dois cortes e no filme isso não é tão comum) e conseguir contar alguma história com diálogos há cada meia hora (o filme tem 2h50).
Solaris é um planeta que contém uma estação espacial do Projeto Solaris, onde residem 3 cientistas que se vêem rodeados de situações complexas e metafísicas. O terceiro cientista, o psicólogo Kelvin chega justamente para relatar o que está acontecendo em Solaris, mas se torna mais uma vítima do oceano de Solaris, ou melhor, da sua própria inconsciência.
Acredito que o valor do filme está associado as possibilidades metafóricas de interpretação, seja do homem moderno, do mundo moderno, da consciência e inconsciência humana, da impotência humana perante o desconhecido e etc. Mas o filme possui passagens desnecessariamente lentas, onde a câmera se concentra por tempo demais em algum plano-detalhe, como se quisesse ter certeza que não perderíamos este detalhe. Ou não, talvez Tarkovski queria outra coisa, queria invadir nossa própria inconsciência e nossos pensamentos para nos confundir e influenciar.
Seja lá o que for, o filme não me convence, me dá sono e isso me impede de absorver qualquer coisa que ele pretenda.
No máximo, posso explorar o tema do trabalho: "Solaris como representação da consciência e inconsciência humana".
A estação ("a ilha") localizada na superfície, como a mente que conhecemos, em contraste com o imenso oceano solarístico, o planeta desconhecido, inexplorado, ou a inexplicável, inatingível e profunda inconsciência.
Quando se traz algo do inconsciente, como se faz em psicoterapias por exemplo, quando algo inconsciente se torna consciente, tem se a origem de um problema, de um trauma, de uma crise, de uma frustração. O consciente se expande, mas jamais atinge o espaço maior, a incosciência.
Quando Kevin materializa sua falecida esposa, através dos sonhos, ela só possui a memória dele, pois obviamente é criação da sua inconsciência. É algo desconhecido, mas não além das próprias experiências. Kevin tenta fugir dela, mas ela o persegue, se machuca, chora, mas jamais se separa. Se Kevin tenta afastá-la, ela retorna, ou seja, por mais que se tente fugir do inconsciente, ele não se desprende da consciência, os dois caminham juntos.
Quanto mais ele a aceita, mais ela se afasta, pois ela é a materialização do inconsciente. Quando este é aceito e conhecido, deixa de existir, pois se torna outra coisa, torna-se consciência, algo compreensível e aceitável.
Nossas atitudes quando conhecidas são conscientes, quando inexplicáveis e inaceitáveis fazem parte de um ambiente inexplorado e inexplorável. Portanto, existe infinitamente, e em nossa trajetória nos preocupamos em explorá-la, assim como o desconhecido em nossas vidas, mas esta busca não encontra final, pois a trajetória é o verdadeiro crescimento e amadurecimento.
Sugestão de leitura: http://www.telacritica.org/solaris_tarkovski.htm
"Ed Wood" de Tim Burton 1994
"Ed Wood, um dos piores diretores de todos os tempos" mas que possui uma legião de fãs por seus trabalhos toscos que rendem boas risadas e reflexões. Um desses fãs: Tim Burton.
Tim Burton recria parte da trajetória do cineasta (diretor,produtor,ator,roteirista) Edward Davis Wood Jr, conhecido como Ed Wood, de uma forma cômica e excêntrica como costuma fazer em suas obras. (Ex.: "Edward, mãos de tesoura", "Os fantasmas se divertem", "Noiva cadáver", "Peixe grande e suas histórias maravilhosas", etc).
Muitas vezes o estilo de um cineasta, além das escolhas narrativas, fica evidente por se trabalhar sempre com a mesma equipe, e Tim Burton se enquadra nesse método.
A importância deste filme está em descobrir (de uma forma divertida) uma das origens do cinema B de suspense e ficção científica, ou do anti-cinema, por falhar na técnica e qualidade, mas ganhar no humor tosco.
O Ed Wood de Burton, é um ambicioso, sonhador e prático cineasta. Escreve, dirige, produz e até atua nos filmes. Não perde tempo ensaiando ou sendo minucioso, apenas se preocupa com a mágica que ocorre na gravação e na edição. É um idealizador, e no mínimo criativo, para misturar elementos narrativos da forma que mistura. Peca na qualidade, ridiculariza os efeitos especiais, mas consegue entreter exatamente pela tosquice.
Depois de ver este filme, interessei-me em ver os filmes do verdadeiro Ed Wood. Com certeza, as gargalhadas devem ser garantidas!
domingo, 4 de maio de 2008
"As crônicas de Nárnia: o leão, a feiticera e o guarda-roupa" de Andrew Adamson 2005

"Sentença de morte" de James Wan 2007

sexta-feira, 2 de maio de 2008
Cinema: potencial de "arma"
Numa tentativa de responder, diria que o cinema FOI uma invenção criada a partir de um objeto (cinematógrafo - 3x1) que projetava imagens. Estas imagens eram capturadas a uma certa velocidade (16 quadros por segundo) e projetadas nesta mesma velocidade, davam a ilusão de movimento.
Esta invenção tinha o intuito de promover o equipamento e entreter uma platéia de interessados. Visto que ver a imagem do seu semelhante era algo surpreendente, alguns destes interessados passaram a explorar o equipamento, conseguindo resultados diversos. Perceberam que poderiam usá-lo para truques de imagem, para contar histórias, para reportar algum acontecimento, para se aproveitar da inteligência e capacidade de percepção dos espectadores, criando códigos de linguagem, próprios do cinema, ou seja, uma linguagem cinematográfica. Enfim, perceberam nesta invenção, múltiplas possibilidades, que desencadearam outras invenções e novas manifestações.
O que o cinema É hoje, não é mais o que era. A palavra é a mesma, mas o significado mudou.
Digo isso, porque quando surgiu, era a única manifestação que existia de imagem em movimento, e hoje já existem as imagens digitais e divisões conceituais de audiovisuais como: telejornais, novelas, seriados, documentários, propagandas, etc.
Como entender o cinema hoje então?! Complicado. Pois se antes, tudo que era "filmado" e "projetado" era considerado cinema, hoje não funciona mais assim, e talvez por isso seja tão complicado enquadrar gêneros ou criar regras para os produtos desta invenção, OS FILMES.
O que faz parte ou não do CINEMA? Aquilo que muitos chamam de "Sétima Arte".
Quando o cinema surgiu, as primeiras imagens eram "cenas" do cotidiano, imagens sem histórias, apenas capturas de uma suposta "realidade". Com a evolução desta nova invenção, criaram cine-jornais, teatros filmados, inseriram-se histórias, mas as primeiras imagens continuaram fazendo parte da história do cinema.
Fazer um vídeo/filme caseiro do aniversário da vó então não é cinema? Diria-se com certeza que NÃO.
Ver um filme horrível nas salas de projeção, chamadas popularmente de CINEMA ("Vamos ao cinema?!"). Alguns "cults" também diriam que NÃO.
Sabe-se que ocorreu uma divisão, mas é polêmica a separação que as pessoas fazem do que é ou não é cinema. Cabe a nós julgar? Como julgar gosto pessoal?
Bom, fugindo dos dados históricos, da realidade e caindo naquele mundo sonhador, onde as pessoas geralmente caem em algum momento da vida (ou não), o cinema, para mim, significa TER VOZ, não dar, mas ter.
Agora, porque este título Cinema: potencial de "arma branca"
Se um filme é a "voz" do seu criador, e se neste filme, o novo é apresentado ao espectador, o seu conteúdo pode ser tomado como verdade, mesmo se tratando de uma ficção. Como? A nossa noção de povos, de culturas, de países, de raças, animais, perigos, fatos, acontecimentos e até valores. Como? Os audiovisuais se tornaram a maior e principal fonte de informação. Ex. telejornais, novelas, filmes, vídeos, propagandas, documentários, seriados e afins. Somos possivelmente, completamente manipulados, mesmo que inconscientemente.
Portanto, me assusta o fato de o cinema poder funcionar como uma arma.
"Vidas em Jogo" de David Fincher 1997
