Se cortarmos os últimos 15 minutos, teremos um filme muito mais interessante. O final previsível, americanizado, moralista e improvável, consegue tirar muitos pontos positivos do filme.
Previsível e improvável porque no fundo você torce pelo contrário do que acontece. Americanizado e moralista porque obviamente os terroristas não poderiam sair ganhando, certo? Existe uma moral embutida bem x mal, "o mal perde no final = o terrorista perde no final". Será que é o mal mesmo?!
Uma mesma história, ou melhor, uma mesma passagem de tempo, um mesmo evento que ocorre, para ser mais exata, é mostrado em 5 pontos de vista diferentes. No caso, o assassinato do presidente dos EUA, na Espanha, num evento pacífico.
Os 4 primeiros pontos de vista são a partir de personagens (jornalistas, seguranças EUA, turista e segurança espanhol) e o último, como ponto de vista do narrador onisciente, onde revela o que ainda não havia sido revelado, o ponto de vista dos terroristas. A trama só se constrói, a cada ponto de vista, pois a compreensão dos fatos só se dá a partir das descobertas que o espectador faz. E é claro que o que todos queremos saber é: o que realmente aconteceu?
O filme cria um certo suspense, pois em cada ponto de vista, algo novo nos é apresentado, aumentando a nossa curiosidade e fazendo a trama se desenrolar. "Ah! Foi isso que ele viu!" Ou seja, o papel do espectador é fundamental para compreensão da história! E nisso, o filme é inovador.
O que achei mais interessante foi essa receita "Lost" de instigar o espectador a prestar atenção na próxima informação, criando as conexões necessárias pra melhor compreensão dos fatos. Inclusive o ator, Matthew Fox, o Jack de Lost, faz uma ponta importante na trama.
Traições, mortes, terrorismo, jornalismo comercial e manipulador são alguns dos temas tratados, maaaas o final consegue estragar qualquer entusiasmo criado no decorrer do filme. E quem assistir, vai entender o porquê.
2 comentários:
nunca tinha ouvido falar. beijos, pedrita
tá no cinema! =)
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