Atualizando no decorrer do mês na ordem em que assisto.
A bússola de ouro de Chris Weitz 2007 (3)
A arte do amor de Ryan Little 2005 (2)
Poseidon de Wolfgang Petersen 2006 (1)
Vingança virtual de Stefan C. Schaefer 2005 (2)
Uma escola de arte muito louca de Terry Zwigoff 2006 (3)
Violação de conduta de John McTiernan 2003 (2)
Hitch - conselheiro amoroso de Andy Tennant 2005 (3)*
A Lenda de Beowulf de Robert Zemeckis 2007 (2)
Dois é Bom, Três é Demais de Anthony & Joe Russo 2006 (2)
Reviravolta de Oliver Stone 1997 (4)
Herói de Zhang Yimou 2002 (2)*
Paixão à flor da pele de Paul McGuigan 2004 (4)*
Blade Runner de Ridley Scott 1982 (2)
Leões e cordeiros de Robert Redford 2007 (3)
O show de Truman de Peter Weir 1998 (4)*
*Revistos
(0)-horrível; (1)-ruim; (2)-razoável; (3)-bom; (4)-muito bom; (5)-excelente
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
"Leões e cordeiros" de Robert Redford 2007
"(...)São três debates sobre o papel e responsabilidades da imprensa, governo e população nos rumos dos Estados Unidos. Cada segmento é basicamente um grande diálogo entre dois personagens com visões opostas sobre os problemas do país.(...)"
Esta foi a melhor descrição que encontrei sobre o filme. Três histórias paralelas: entre senador popularmente aceito e jornalista consagrada; soldados jovens em fogo cruzado e diálogo entre professor e aluno promissor.
O filme possui diálogos complexos e profundos, lançando reflexões sobre o atual governo dos EUA e o papel de cada cidadão, mas também lança a reflexão para o espectador (estrangeiro) "O que você vai fazer sobre isso, sobre os acontecimentos ao seu redor?!"
Talvez por ter um teor mais profundo, o filme fica carregado e cansativo, afinal o espectador precisa fazer um considerável esforço pra entender muito do que os personagens falam, contudo se torna uma obra valiosa, afinal vivemos numa era de filmes superficiais e empobrecidos narrativamente.
Considerando nossa visão estrangeira e de Terceiro Mundo, considero o filme uma grande reflexão sobre nosso papel na sociedade e o que fazemos para mudar qualquer realidade desagradável. É um verdadeiro soco no cérebro, mas afinal, não fugimos o tempo todo daquilo que nos dá dor de cabeça?! Mais fácil vivermos nossa vidinha, que tentarmos abraçar uma causa e fazer algo melhor do que apenas continuar vivendo.
Para aqueles que gostam de se manter alienados e serem apenas mais um na multidão, é um filme cansativo, chato e mal resolvido, mas para pessoas que no mínimo pensam em tentar, ou tentam de alguma forma, é uma cutucada "ei, faça alguma coisa" ou "continue fazendo" ou "pelo menos pense ou tente pensar".
Valorizei mais sua intenção que seu conjunto. Afinal, o Brasil está afundado em questões polêmicas, discutíveis e mal-resolvidas. Precisamos realmente fazer alguma coisa, só gostaria de saber como fazer mais do que apenas fazer a minha parte da melhor forma possível. Penso que no mínimo discutir, certo?!
"O caçador de pipas" de Khaled Hosseini
O livro é narrado em primeira pessoa pelo personagem Amir jan, tendo apenas um ponto de vista. (com exceção de um capítulo, onde outro personagem, Rahim Khan narra para Amir uma passagem da história). Ele concentra-se na relação de amizade entre Amir e Hassan, que forma a estrutura principal da narrativa, paralela aos medos, inseguranças e lembranças do personagem principal. Apesar de tratar de dramas e conflitos da vida humana, tudo se passa num ambiente desconhecido do nosso mundo ocidental, pois trata de uma cultura, religião e etnias diferentes da nossa: islamismo e cultura arábe. Este universo só ficou mais familiarizado para as novas gerações, quando as torres gêmeras foram derrubadas e os EUA iniciaram uma nova guerra.
O que tinha tudo para se tornar um ótimo livro, falha a partir da metade. Até a metade, a obra é espetacular, fazendo o leitor se debulhar em lágrimas. Porém, acredito que o autor não soube conduzir a história até o final, empobrecendo a narrativa e deixando os personagens posteriores, superficiais, como Sohrab, o filho de Hassan, importante para o final da história.
Não é pelo fato de não ter um final propriamente dito "feliz", mas por criar uma expectativa para isso. O livro nos conduz para um final cheio de expectativas, mas introduz personagens que não ficam bem desenvolvidos, enfraquecendo a intenção de suas ações e atitudes. Talvez para criar um ar de surpresa, o que não é fácil, o autor acabou falhando e conduzindo uma narrativa artificial e forçada, pois enquanto criava expectativas para uma reviravolta na história, ele inseria cada vez mais dramas e horrores, transformando a história do meio para o final, uma tentativa forçada de nos comover e chocar.
O que faltou talvez, foi desenvolver melhor alguns personagens para compreendermos melhor suas atitudes. Ou modificá-las de acordo com o que parecem ser suas características psicológicas. Digo isso, porque no início, o autor se concentra em explicar com detalhes (através do personagem Amir) os momentos mais dramáticos que marcaram o personagem na infância, porém em outras passagens, mais dramáticas e chocantes, elas são descritas superficialmente, enfraquecendo sua carga dramática. Como se o perfil psicológico do personagem tivesse se modificado. Isso provavelmente ocorre, por termos apenas um ponto de vista da história.
Enfim, não é fácil contar uma história que não se viveu e passar credibilidade e verossimilhança, e foi nesse ponto que acredito que o autor falhou. A história pode não ter existido, o que é comum no universo da literatura, mas tinha que no mínimo ter perecido verdadeira.
Do meio para o final, o livro se tornou uma fábula fraca e cheia de absurdos narrativos.
PS.: O livro originou um filme e espero que o diretor consiga corrigir as falhas, e transforme esta história em um bom filme de drama.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Livros do mês: dezembro
2. A sombra do vento de Carlos Ruiz Zafón (Status: ainda lendo)
1. O caçador de pipas de Khaled Hosseini (2)
Notas: 0-5
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