quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Filmes do mês: janeiro 2015

"O renascimento do parto"

São atualizados no decorrer do mês. 

09T-"Os candidatos" de Jay Roach 2012 EUA (0)
08T-"Ferrugem e osso" de Jacques Audiard 2013 FRA/BEL (3)
07D-"O renascimento do parto" de Eduardo Chauvet 2013 BRASIL (4)
06T-"Moonrise Kingdom" de Wes Anderson 2012 EUA (3)
05T-"A bela que dorme" de Marco Bellocchio 2012 ITÁLIA (2)
04C-"Invencível" de Angelina Jolie 2015 EUA (0)
03T-"Walt nos bastidores de Mary Poppins" de John Lee Hancock 2013 EUA (2)
02C-"Êxodo: deuses e homens" de Ridley Scott 2015 EUA (2)
01T-"Última viagem em Las Vegas" de Jon Turteltaub 2013 EUA (0)

*Filmes Revistos
**Clube do Professor

Organização: Ordem crescente - em números.
Nome do filme + diretor + ano + país
Códigos: X (internet), B (baixado), C (cinema), D (dvd acervo pessoal), L (locadora), T (tv), M (mostra), A (aula), V (avião)

Notas:
(0) dispensável
(1) ruim ou fraco
(2) razoável
(3) bom - técnica ou emocionalmente
(4) muito bom - rolou um punctum
(5) excelente - marcou minha vida
(P) prazer culpado (tecnicamente ruim, mas adorei)

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Os melhores filmes de 2014 (ou não)!

Já que estão rolando várias listas e senti falta de vários filmes nelas, resolvi fazer a minha própria lista, afinal não existe filme bom ou ruim, existe a nossa opinião sobre eles, citando indiretamente Roland Barthes. 

Seguem os 9 filmes que valeram cada segundo do meu tempo em 2014:


"Ela" de Spike Jonze (EUA)

De forma delicada, Jonze nos mostra uma "improvável" história de amor num futuro "realista" (com impecável direção de arte) entre um homem chamado Theodore (Joaquin Phoenix) e um sistema operacional, chamado Samantha (voz de Scarlett Johansson). Um filme sobre o amor, sobre relacionamentos, solidão e sobre a reflexão do ser e o seu contraste com o universo virtual. Rendeu-me um texto aqui



"O menino e o mundo" de Alê Abreu (BRASIL)

A melhor animação que já assisti. Reúne uma excelente história, repleta de reflexões sobre a infância, pobreza, educação, esperança e desigualdade social. E tudo isso, materializado pelo traço do artista. Os 'rabiscos' humanizam os personagens e aproximam o público do criador, num momento em que as animações atuais parecem nem sofrer intervenção humana de tão "perfeitas" que são. É um filme imperdível, ganhou todos os principais prêmios de animação no mundo, sendo excluído erroneamente pelo mercado hollywoodiano (lógico) e pelo nosso próprio país que preferiu indicar o (apenas) bonitinho "Hoje eu quero voltar sozinho". Também rendeu-me um texto aqui



"Boyhood" de Richard Linklater (EUA)

Considerando um mercado cinematográfico impaciente, que produz filmes como quem troca de roupa, Boyhood celebra 'inovação' para uma linguagem já desgastada. Com desafiadores 12 anos de produção e mantendo o mesmo elenco, o diretor consegue de forma impecável retratar o amadurecimento e envelhecimento do ator-personagem e sua família comum problemática, em meras cenas do cotidiano. Destaque para os aparatos tecnológicos que são elementos-chave para retratar as transformações pelas quais as gerações passam através do tempo, desde a câmera analógica nos tempos escolares até os smartphones conectados dos tempos atuais. 


"Nebraska" de Alexander Payne (EUA)

Um filme que surpreendeu pela simplicidade e me arrancou boas risadas ao retratar a relação entre pai e filho, e as consequências do envelhecimento e sua respectiva teimosia. Vale a pena!

                                      
                                                
"A grande beleza" de Paolo Sorrentino (ITÁLIA)

Uma divertida reflexão sobre o universo da arte e a delicadeza da vida, na perspectiva do escritor frustrado Jap Gambardella (Toni Servillo) . A sequência inicial surpreende e o filme revela uma Itália boêmia que pouco conhecemos, enquanto turistas! 


"Azul é a cor mais quente" de  Abdellatif Kechiche (FRANÇA)

Um filme ousado sobre a descoberta da sexualidade e do amor pela jovem Adèle (Adèle Exarchopoulos), inspirado numa famosa HQ. Um romance lésbico escancarado visualmente (quase pornô) que consegue prender o espectador até o fim, na torcida pela reconciliação e redenção das personagens. Um realismo premiado!


"O Mercado de notícias" de Jorge Furtado (BRASIL)

O inovador Furtado não desperdiça seu tempo no cinema. Apesar de didático, cada produção é carregada de reflexão, como um convite ao espectador. Essa produção pouco comentada, reinventa a linguagem documental, mesclando encenação, peça teatral, entrevistas, para falar sobre a perversa mídia e sua relação com a democracia. 


"Uma viagem extraordinária" de Jean Pierre Jeunet (EUA/FRANÇA)

Jeunet é meu cineasta favorito, porque ele acredita que o cinema representa o mundo dos sonhos e da imaginação, como também acreditava Méliès e o surrealista Luis Buñuel. Sempre com toque lúdico e uma impecável direção de arte, seus filmes narram histórias banais das maneiras mais fantásticas possíveis. Com leveza, ele traz questões sobre a indústria bélica (em Micmacs), a morte da infância (em Ladrão de sonhos) e sobre identidade (em Amèlie Poulain). Já no seu primeiro filme em língua inglesa, Jeunet problematiza o universo da pesquisa científica, através do pequeno T.S. Spivet (Kyle Catlett) que precisa provar sua improvável genialidade. "A mediocridade é o fungo da mente" proferida pela mãe (Helena Bonham Carter) foi uma das frases mais simples e marcantes que já vi em filme. 


"Blue Jasmine" de Woody Allen (EUA)

Se existe um diretor que sabe construir personagens sólidos com diálogos ricos, esse cara é Woody Allen. Seu estilo é um adjetivo para definir que tipo de filme assistir, afinal é preciso estar com paciência e disposição para lidar com seus consistentes e problemáticos personagens. E apesar de nem todos os seus filmes me agradarem, a premiada e protagonista Cate Blanchett consegue dar vida a uma mulher rica e frustrada que perde tudo quando seu marido é preso e se vê obrigada a morar com a irmã "suburbana". Seria cômica, se não fosse uma dramática situação. Pra ela, claro!

Filmes do mês: novembro e dezembro

Nebraska

São atualizados no decorrer do mês. 

21C-"O hobbit: a batalha dos cinco exércitos" de Peter Jackson 2014 (2)
20A-"Maze Runner" de Wes Ball 2014 EUA (2)
19A-"A 100 passos de um sonho" de Lasse Hallström 2014 EUA (1)
18A-"Boyhood" de Richard Linklater 2014 EUA (4)
17A-"Anjos da lei 2" de Phil Lord e Chris Miller 2014 EUA (0)
16A-"Guardiões da galáxia" de James Gunn 2014 EUA (1)
15A-"O homem duplicado" de Denis Villeneuve 2014 CANADÁ/ESPANHA (3)
14C-"Questão de escolha" de David A.R. White 2014 EUA (0)
13L-"Jovem e bela" de  François Ozon 2013 FRANÇA (3)
12L-"Azul é a cor mais quente" de Abdellatif Kechiche 2013 FRANÇA (4)
11L-"Nebraska" de Alexander Payne 2014 EUA (4)
10X-"Meu amigo Nietzsche" de Fáuston da Silva 2012 BRASIL (2)
09T-"Terra prometida" de Gus Van Sant 2013 EUA (2)
08T-"O procurado" de  Timur Bekmambetov 2008 EUA (2)*
07T-"Tron" de Joseph Kosinski 2010 EUA (1)
06T-"Paixão obsessiva" de Lance Daly 2011 EUA (2)
05T-"O talentoso Ripley" de  Anthony Minghella 1999 EUA (3)*
04T-"Hoje eu quero voltar sozinho" de Daniel Ribeiro 2014 BRASIL (2)
03A-"O fabuloso destino de Amèlie Poulain" de Jean Pierre Jeunet 2001 FRANÇA (5)*
02C-"O mercado de notícias" de Jorge Furtado 2014 BRASIL (3)
01C-"Garota exemplar" de David Fincher 2014 EUA (2) 

*Filmes Revistos
**Clube do Professor
*** Projeto Pipoca - Instituto Lagoa Social 
Organização: Ordem crescente - em números.
Nome do filme + diretor + ano + país
Códigos: X (internet), B (baixado), C (cinema), D (dvd acervo pessoal), L (locadora), T (tv), M (mostra), A (aula), V (avião)

Notas:

(0) dispensável
(1) ruim ou fraco
(2) razoável
(3) bom - técnica ou emocionalmente
(4) muito bom - rolou um punctum
(5) excelente - marcou minha vida
(P) prazer culpado (tecnicamente ruim, mas adorei)

"Boyhood" de Richard Linklater 2014


Qual o mérito de "Boyhood: da infância à juventude" de Richard Linklater (2014)?! Além de mostrar a trajetória "problemática" de uma família comum (EUA), pelo ponto de vista de um garoto, o filme levou 12 anos para ser feito, trazendo um realismo único ao mesclar o amadurecimento (e envelhecimento) do personagem com o próprio ator (e elenco). "Como ninguém fez isso antes?!" deveríamos nos perguntar diante da impaciente indústria cinematográfica que só visa lucro e faz filmes como quem troca de roupa. A passagem de tempo se torna imperceptível na medida em que as sequências "pulam" suavemente na tela, apresentando o protagonista nas mais diversas situações cotidianas. Essa sutileza só seria possível fazendo uso do mesmo elenco e com uma direção impecável. Vale a pena assistir só pela "inovação"! E detalhe: os aparatos tecnológicos também se tornam protagonistas e elementos espaço-temporais, já que assim como o personagem, evoluem com o tempo, desde a câmera analógica nos tempos escolares até os smartphones em tempos atuais.

"Invencível" de Angelina Jolie 2015


Tudo bem que "Invencível" de Angelina Jolie conta a história "real" do atleta olímpico Louis Zamperini, que sobrevive 47 dias no mar após uma queda de avião e depois é capturado por japoneses, tornando-se prisioneiro por anos, até realmente voltar para casa e viver uma vida plena. Puta história de superação. Mas precisava fazer um dramalhão?! A Segunda Guerra Mundial acabou há décadas e Hollywood continua explorando os dramas do passado. Tanta história boa recente pra contar e nada! Não derramei uma lágrima e queria gargalhar toda vez que o japa Watanabe (pelo inexperiente Miyavi) aparecia na tela. Não é que sou insensível, mas é que já cansei das artimanhas dos bastidores do cinema para fazer o público se debulhar em lágrimas. Mais dramática que o filme, é a trilha sonora, que chega a "implorar" por uma mísera lágrima do espectador!

Leia mais sobre o filme no meu texto da Obvious "Jolie, poupe-me!"

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Eu na Obvious!!

Oie, pessoal! Se estão sentindo falta de textos sobre filmes, confiram meu novo espaço na Revista Obvious. Agora escrevo por lá!







terça-feira, 2 de setembro de 2014

"Chef" de Jon Favreau (2014)



"Chef" é um ótimo filme para entender a relação das velhas e novas gerações e o uso das redes sociais!! Um Chef de cozinha, acostumado a ficar na sua zona de conforto, ganha visibilidade negativa no twitter ao confrontar um crítico culinário e seus comentários destrutivos. Esse foi o 'chamado' para ele se aventurar num divertido processo de auto-conhecimento e aproximação do filho e da ex-esposa!! Final clichê, mas trama interessante para pensar diversas questões contemporâneas!!