segunda-feira, 23 de junho de 2008

Filmes do mês - junho

Atualizando no decorrer do mês, na ordem em que assisto

-Encantada de Kevin Lima 2007 (2)
-Agente 86 de Peter Segal 2008 (4)
-Valente de Neil Jordan 2007 (3)
-Fim dos tempos de M. Night Shyamalan 2008 (-1)
-La peli de Gustavo Postiglione 2006 FAM (0)

-FAM - Mostra Infanto Juvenil:
1- Doce Turminha e o Bom Samaritano - Eduardo Drachinski – 10'- Animação – SC (2)
2- Mãos de vento e Olhos de dentro - Susanna Lira – 13' – Ficção - RJ (3)
3- O ninho - Edson Mito – 3'14" – Animação – SP (2)
4- Brincando de Imaginar – Rafael Rodrigues de Souza e Re – 4'30" – Animação – ES (2)
5- Jardim das Cores – Guilherme Reis – 7'40" – Ficção - MG (3)
6- Leste do Sol, Oeste da Lua – Patrícia Monegatto Lopes – 12'34" – Animação – SC (2)
7- O Sonho de Jonas – Gustavo Chiappetta e Jorge Maia – 5'48" – Ficção – SP (2)

-As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian de Andrew Adamson 2008 (2)
-O último rei da Escócia de Kevin Macdonald 2006 ( )

*Revistos
(0)-horrível; (1)-ruim; (2)-razoável; (3)-bom; (4)-muito bom; (5)-excelente

sexta-feira, 30 de maio de 2008

"Indiana Jones e o Reino da caveira de cristal" de Steven Spielberg 2008

Lembrar do velho Indiana Jones não se torna uma tarefa difícil ao ver o novo filme de Lucas e Spielberg, mas esperar algo surpreendente ou inovador é equivocado.
O filme mantém aquela mesma linguagem e identidade presente nos pioneiros, mas falha por isso. Os personagens, criadores, diretor, atores são os mesmos, mas o público mudou. É um público muito mais exigente e difícil de impressionar, diante de tanta tecnologia e recursos cinematográficos.
Para os amantes de Jones (como meu pai) provável que o filme relembre aquela mesma sensação prazerosa de décadas atrás, mas para o público jovem e atual, o filme deixa a desejar.
É uma trama simples mesclada com o sarcasmo de Jones e cenas típicas de mistério e de ação cômica. O passado de Jones é que parece sustentar o filme, com a revelação de um filho e a traição de um amigo.
É um filme meio bobo, que parece apenas resgatar boas lembranças do velho Jones.
No máximo transmite a mensagem que o grande tesouro de seres evoluídos é o puro e profundo conhecimento, ainda intocável e inatingível ao ser-humano. Assim como o "inconsciente". (Solaris, há!)

terça-feira, 27 de maio de 2008

"Cabra marcado para morrer" de Eduardo Coutinho 1964-84

Singular.
Um grande acidente, pois não é ficção e nem documentário, é um filme sobre um projeto que não deu certo mas que tomou outro rumo, e contextualiza um momento marcante para o Brasil, a ditatura militar.
Ignorando os motivos que poderiam causar revolta, o filme acontece pelo não-acontecer.
Coutinho iniciou um projeto que narraria uma história verídica através de uma ficção, usando personagens e locais reais de forma ficcional. Mas com o golpe militar, e com a apreensão e destruição de grande parte do material, quase tudo se perdeu, inclusive os personagens, que fugiram, morreram ou sumiram. Numa época comum de exílio e medo, natural que isso tenha acontecido.
Década de 80, pós-ditatura, Coutinho resolveu retomar o projeto, mas com outro intuito, o de contar o que aconteceu, resgatando cada história e reencontrando exilados. É nesse reencontro que acontece a emoção e a comoção de perceber as cicatrizes profundas que a ditatura deixou em grande parte dos envolvidos no projeto, inclusive do próprio Coutinho.
Além dessa contextualização, algumas passagens do filme mostram como a televisão se incorporou ao cotidiano das pessoas, talvez numa tentativa de esquecer o que aconteceu, e alinear-se no puro entretenimento, afinal se rebelar tornou-se algo extremamente negativo numa época de perseguição e morte.

"Ladrão de sonhos" de Jean-Pierre Jeunet e Marc Caro 1995

A parceria de Jean-Pierre Jeunet e Marc Caro se faz presente no inesquecível "O fabuloso destino de Amélie Poulain - 2001", mas neste filme o universo é ainda mais imaginário.
Vendo o making off, chamou-me a atenção Caro afirmando que para eles o cinema é manter acesa a chama da imaginação.
"Ladrão de sonhos" é uma reflexão sobre a imaginação, tão presente nas crianças, que muitas vezes parece se perder quando nos tornamos adultos. Esta metáfora se encontra numa das cenas do filme, quando envelhecer significa "parar de sonhar".
Numa ambientação completamente imaginária, mórbida, triste, apenas alguns bons sentimentos de One e de uma rebelde garotinha parecem "aquecer" um cenário tão surreal e deprimente.
Krank, que é incapaz de sonhar, seqüestra crianças e tenta roubar seus sonhos, mas só consegue extrair pesadelos. Krank poderia ser uma metáfora do envelhecimento e da incapacidade de sonhar depois de um certo tempo, pois seria impossível sonhar o sonho dos outros.
Uma das crianças seqüestradas é o irmãozinho (comilão) de One, que apesar de adulto é extremamente doce, mas envolto por músculos e força física. Embarcando no resgate do irmãozinho, ele contará com a ajuda de crianças orfãs, exploradas por 2 irmãs siamesas e malvadas, e com um caçador de baleias, que se revela o criador das criaturas imperfeitas, incluindo Krank (e os clones, a princesa anã e o cérebro falante).
É um filme estranho, mas com uma profunda crítica ao universo humano. É como um sonho instigante, que nos incomoda, mas não queremos que acabe.

Filmes do mês - maio

Atualizando no decorrer do mês, na ordem em que assisto

-Uma chamada perdida de Eric Valette 2008 (1)
-Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal de Steven Spilberg 2008 (2)
-Solaris de Andrei Tarkovski 1972 (5)*
-Cabra marcado para morrer de Eduardo Coutinho 1964-84 (3)
-Ladrão de sonhos de Jean-Pierre Jeunet e Marc Caro 1995 (3)
-Quebrando a banca de Robert Luketic 2008 (2)
-1ª Temporada de LOST de J.J. Adams (5)*
-Ed Wood de Tim Burton 1994 (4)
-Solaris de Andrei Tarkovski 1972 (2)
-Entrega em domicílio de Jason Bloom 1997 (2)
-Um plano simples de Sam Raimi 1998 (4)
-Medidas desesperadas de Barbet Schroeder 1998 (3)*
-As crônicas de Nárnia: o leão, a feiticera e o guarda-roupa de Andrew Adamson 2005 (2)
-Solstício de Daniel Myrick 2008 (1)
-Sentença de morte de James Wan 2007 (0)
-Vidas em Jogo de David Fincher 1997 (5)*

*Revistos
(0)-horrível; (1)-ruim; (2)-razoável; (3)-bom; (4)-muito bom; (5)-excelente

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Notícias interessantes

Por postar cada vez mais notícias sobre e relacionadas a cinema, resolvi criar um blog só para as notícias.

Quem tiver interesse: www.cinemafins.blogspot.com

Isto significa que não postarei mais notícias por aqui, apenas lá! =)

domingo, 18 de maio de 2008

"Quebrando a banca" de Robert Luketic 2008

O jovem Ben (Jim Sturgess) envolve-se com um grupo de estudantes inteligentes, liderados pelo professor Micky Rosa (Kevin Spacey), que desenvolve uma técnica repleta de códigos, para se dar bem no "21" em cassinos de Las Vegas.

Festas em repúblicas, provas, trabalhos, bicos são trocados por noites luxuosas e apostas altas.

"Em Boston eu era Ben, em Vegas eu era o que eu quisesse ser!"

Foi uma das frases que eu mais gostei do filme, pois lida com o universo jovem, onde muitas vezes deixa-se de viver experiências novas para se preocupar com o futuro. E se esse futuro dependesse de viver novas experiências?

Tecnicamente é um filme bem feito, intrigante, mas previsível. E por isso, o final me decepcionou, pois desde o começo esperei por aquele final, torcendo para estar errada.

"Você é inteligente, conseguirá tudo o que quer na vida!" fala de Laurence Fishburne, no papel de Cole Williams.

Será? Muitos inteligentes se perdem no caminho, desviam-se de uma trajetória promissora, por uma ambição excessiva, que pode levar a ruína.

O jogo é traiçoeiro, ilusório, e quanto mais se ganha, mais alta é a queda. O filme não deixou de mostrar isso, mas há certas atitudes que trazem conseqüências irreversíveis. Recuperar bens e dinheiro não é o mais difícil, mas recuperar confiança, amor, amizade de pessoas que foram decepcionadas, pode ser muito mais difícil do que o filme mostra.