Há quase 2 anos estou fazendo Mestrado em Educação e iniciei atualmente meus estudos em Pedagogia. E confesso (supreendentemente) que nunca havia ouvido falar da 'Pedagogia Montessori', mas de certa forma conheci seu método indiretamente através de outras pedagogias e leituras, que tem como foco principal, a valorização do desenvolvimento natural da criança e o professor como guia.
Esta cinebiografia de 3h10 de duração é emocionante e conta a história de Maria Montessori (Paola Cortellesi), uma mulher persistente, sonhadora, teimosa e corajosa numa época onde o papel principal da mulher era ser submissa, mãe e dona de casa.
Montessori foi a primeira mulher a se formar em medicina na Itália, pela Faculdade de Medicina da Universidade de Roma em 1896 e foi lá que iniciou um trabalho com crianças especiais na clínica da universidade, onde ajudou a alfabetizá-los.
Também dedicou-se a experimentar procedimentos em crianças que ainda não tinham idade para frequentar o ensino fundamental, revolucionando a educação em todo mundo, onde contribuiu para criar métodos de ensino para a educação infantil.
Devido a seu reconhecimento, participou de um projeto onde criou a 'Casa das Crianças', priorizando a autonomia da criança, já que os alunos vinham de famílias pobres e sem instrução, e noções de limpeza e higiene se faziam necessários naquele contexto.
Montessori criou um método de aprendizagem, conhecido como "Método Montessori", que fazia com que a criança aprendesse com seus próprios erros. Em sua pedagogia os princípios fundamentais eram a atividade, a individualidade e a liberdade. Era contra a violência física e psicológica (como palmadas e castigos). Seus escritos contribuíram bastante para a educação infantil e sua pedagogia se reflete no movimento das Escolas Novas e pedagogia Waldorf, opondo-se aos métodos tradicionais que não respeitam as necessidades e os mecanismos evolutivos do desenvolvimento da criança.
No filme é possível acompanhar suas motivações e contextos de trabalho, bem como a relação secreta que teve com seu professor de psiquiatria Dr. Montesano e o filho Mario, fruto desse amor. Maria foi obrigada a abrir mão do filho, mas jamais deixou de acompanhar seu desenvolvimento e sempre foram muito íntimos. Quando adulto, revelada a verdade, passaram a morar juntos e posteriormente, quando ele se formou em Medicina, passaram a trabalhar juntos. Foi ele quem continuou disseminando o método da mãe, após sua morte aos 84 anos.
Durante o fascismo italiano, Maria foi intimada a participar das modificações nas escolas italianas, já que seu método se disseminou pelo mundo e interessava ao governo, adaptá-lo e disseminá-lo também nas escolas italianas. Porém, chantageada, Maria fugiu com o filho, recusando a se esquivar e distorcer seu método para finalidades políticas!
Durante o fascismo italiano, Maria foi intimada a participar das modificações nas escolas italianas, já que seu método se disseminou pelo mundo e interessava ao governo, adaptá-lo e disseminá-lo também nas escolas italianas. Porém, chantageada, Maria fugiu com o filho, recusando a se esquivar e distorcer seu método para finalidades políticas!
Maria acreditava que para mudar o homem do futuro era precisar trabalhar com a criança do presente. Somente assim poderia haver uma verdadeira transformação! Através da educação!
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