quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

"Amor à distância" de Nanette Burstein 2010


Sabe quando você vai na locadora com seu irmão e vocês escolhem um filme juntos e quando ele vê a capa diz "Nossa Ally, parece o André!" e você responde "Claro que não! Tá Maluco?", mas depois você assiste o filme e só consegue dizer "Nossa, é muito parecido mesmo!".

Pois é! Parece mesmo o "meu" André!
Não é um filme cult, nem tecnicamente brilhante, mas é um filme super doce e romântico sobre um casal que se conhece e tenta contornar todos as limitações e conflitos de namorar à distância.

Não é o tipo de filme que eu gosto, mas surpreendentemente achei excelente!

Não é só um filme tolo de amor, totalmente distante da realidade, onde cada um consegue resolver seus problemas num passe de mágica e o único obstáculo é uma vilã ou vilão maldito.

O filme é muito mais que isso. É singelo!
Simboliza entre tantas diferentes histórias, o amor daquele típico casal que por mais que se separe, sabe que no fundo é feito um para o outro.

Talvez essa fórmula já tenha sido usada em outros milhares de filmes, mas de alguma forma, esse me pareceu tão verdadeiro e possível!

Talvez eu esteja apenas devaneando nos meus pensamentos e romantismos, mas gostar de um filme nem sempre faz sentido ou pode ter uma explicação lógica.
É simplesmente identificação! Pura e simples!

Um casal cheio de defeitos, manias e diante dos problemas mais comuns da vida: escolher entre investir na carreira dos sonhos ou se jogar de cabeça na relação ou sofrer com a distância e com os desafios da solidão, mesmo quando se tem "alguém para ligar antes de dormir".
Ou ainda, tentar lidar com as diferenças e com os objetivos distintos de ambos, distanciando toda e qualquer harmonia e sintonia possível, essencial para selar um amor tão puro e intenso.

A receita de um relacionamento a longo prazo não é a falta de crises, mas saber contornar todas essas crises da melhor maneira possível.
Contornar com diálogo, com esforço mútuo e com o "famoso" saber ceder na hora certa!

É lidar com a coisa mais difícil: saber abrir mão do que é melhor para si, para valorizar o que é melhor para ambos!

Sacríficio pessoal é difícil, mas o equilíbrio exige conflitos e a transformação só é possível com intenso exercício de superação, erros e acertos!

Todo dia é um novo dia para recomeçar!

"A gente não pode fazer um novo começo, mas sempre pode fazer um novo fim", já diria o Chico.


E de nada adianta alcançar os mais belos sonhos e objetivos, se não tiver ninguém especial do lado para compartilhar tamanha felicidade!

No fundo, nessa minha pequena estrada da vida, essa foi uma das mais importantes reflexões que já tive para entender as relações humanas. A
vida faz bem mais sentido, quando a alegria pode ser compartilhada com alguém (ou alguéns - amigos, pais, família) especial!

Um comentário:

Paula (CIEE/SC) disse...

Drew! *.*