sexta-feira, 31 de agosto de 2007

"Videodrome" de David Cronenberg - 1983

O que falar desse filme?! Uma sensação estranha, depois de uma história que termina sem o menor sentido. Era pra ser engraçado?! Afinal, o que era pra ser esse filme?
Enfim, na sessão dessa semana do cineclube, Videodrome trouxe questionamentos e discussões (até) interessantes.
Conversando com meu amigo Stéfano, ele lembrou que na época do filme, o cinema 3D estava em ascenção. Técnica que envolve o espectador de uma forma ainda mais intensa, por dar a impressão de estar dentro do filme. Além disso, tanto a televisão quanto o computador hoje, tornaram nosso mundo mais individual e novos padrões de vida assumiram espaço no cotidiano. Passar horas vendo filmes ou tendo conversas na internet, vivendo dentro de um mundo alheio a realidade. Refeições mecânicas e amigos virtuais, além de uma alienação do mundo exterior.
Videodrome começa com uma trama que aparentemente se desenvolverá com início, meio e fim. James Woods, dono de uma pequena emissora de tv erótica, busca novidades para seu público e encontra um mistério a ser desvendado. Estamos na expectativa da descoberta junto com ele, até o ponto em que o filme parece não ter mais sentido algum. A trama "quebrada" nos distancia do que realmente está se passando e os efeitos e a maquiagem ao invés de nos causar horror, causa-nos risos. O filme quando termina, provoca um bater dos ombros "então tá né".
No debate que seguiu após o filme, levantou-se a questão da tv se tornando a realidade e como Cronenberg trabalhou isso no filme, mas sinceramente porque começar com uma história que aparenta se desenrolar normalmente e depois confundir o espectador por completo?!
Achei o filme apelativo e até lembra um pouco da filosofia de Matrix, quando fala dessa realidade e nos faz questioná-la, mas de uma forma superficial e confusa.
Sinceramente, não gostei não. Eu acho que algumas coisas tem obrigação de fazer sentido, maaas como conheço pouco do trabalho deste diretor, melhor investigar, antes de tirar conclusões precipitadas.

Nenhum comentário: