sexta-feira, 30 de setembro de 2011

5ª Semana de Cinema UFSC


 O tema da 5ª Semana de Cinema, Projeções do Contemporâneo, visa abordar os distintos aspectos do cinema brasileiro na atualidade e as perspectivas para o futuro, tanto da produção audiovisual, quanto de seu ensino em instituições de nível superior, passando pelos  festivais e pelas novas leis do audiovisual que prometem causar grandes mudanças  na distribuição e exibição no cenário televisivo.

Será estabelecido um panorama a partir do que está sendo pensado e realizado nos  dias de hoje, considerando formato, linguagem e estética dessas novas produções.  Abordaremos também os diversos formatos da crítica cinematográfica, as  modificações no estilo, na veiculação e na recepção das mesmas.

Mais infos aqui.

Todas as mesas acontecerão no Auditório Henrique Fontes, piso térreo do bloco B do CCE – UFSC

A PRESENÇA DO ESTADO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS NA TV
SEGUNDA-FEIRA, 17/10, às 14h.
Com Adriano de Angelis, Alfredo Manevy e Ralph Tambke.
Mediação do Prof. Alfredo Manevy.
Alfredo Manevy possui graduação em Cinema e Vídeo pela Universidade de São Paulo e é Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo. Além de pesquisador e professor, é administrador público. Em 2003, ingressou na gestão Gilberto Gil do Ministério da Cultura, em 2006 tornou-se Secretário de Políticas Culturais e ,em 2008, Secretário-Executivo do Ministério da Cultura, assumindo em diversas ocasiões o cargo de Ministro Interino da Cultura. Atualmente é professor do Curso de Cinema da Universidade Federal de Santa Catarina.

Adriano de Angelis é realizador audiovisual, publicitário e jornalista. Foi Coordenador-Geral de TVs e Plataformas Digitais da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. Participou da implantação da TV Brasil em projetos nas áreas de Serviços, da Rede Pública Nacional e em articulações institucionais de âmbito Sul-Americano e Lusófono. Criou o Departamento de Comunicação Participativa e Colaborativa e realizou experiências pioneiras em televisão aberta. Na extinta Radiobrás (atual Empresa Brasil de Comunicação) foi da equipe que criou e implantou a emissora internacional TV Brasil – Canal Integración, onde atuou como Coordenador de Programação e como Coordenador Geral, sendo indicado para Coordenar o Grupo de Trabalho de Televisões do Mercosul. Na época de estudante, participou da criação e implantação da PUC TV/Canal Universitário de Belo Horizonte. Atualmente é Coordenador do Núcleo de Jornalismo do Canal Futura, e integra o Observatório da Memória Televisiva, Inovação Audiovisual e Redes, vinculado à Cinemateca Brasileira, como Coordenador de Inovação e Plataformas Digitais.

Ralph Tumbke é produtor, diretor e diretor de fotografia e atualmente é presidente da Santacine, Sindicato da Indústria Audiovisual de Santa Catarina. Estudou Comunicação Social, Cinema e TV na UFF e fez a pós graduação em Dramaturgia pela HochschuleFuer Film und Fernsehen, na Alemanha. Foi professor universitário entre 1999 e 2008. Trabalhou em longa metragens, curtas, comerciais e documentários. Desde 2000 é cinegrafista para documentários de vida animal da TV pública alemã Bayerischer Rundfunk.

A IMPORTÂNCIA DOS FESTIVAIS PARA A VISIBILIDADE DO CINEMA BRASILEIRO
TERÇA-FEIRA, 18/10, das às 14h.
Com Fernanda Caldeira Viacava, Francisco Cesar Filho e Luiza Lins.
Mediação do Prof. Mauro Pommer.

Fernanda Viacava é diretora do Festival de Cinema de Paulínia e atriz com experiência em teatro, cinema e televisão. Atuou em mais de 10 espetáculos, e em filmes como Salve Geral, de Sérgio Rezende e Domésticas – O Filme, de Fernando Meirelles. Na televisão trabalhou em programas da TV Cultura. 

Francisco Cesar Filho é cineasta, curador, diretor de televisão, ex-presidente da ABD-SP e atual presidente do Fórum dos Festivais. É criador e organizador da Mostra do Audiovisual Paulista, diretor e curador de vários festivais de cinema brasileiro e da América do Sul. É diretor, roteirista e produtor de “Rota ABC” (1991) vencedor de vários prêmios. Dirigiu séries e programas televisivos, como “Realidade”, “Nós na Tela”, “Vanguardas”, “Primeiro Plano” e “Janela Eletrônica”.

Luiza Lins Luiza Lins é catarinense, mas estudou no RIo de Janeiro. Em Nova York formou-se em inglês, e fez cursos de teatro e cinema. Foi atriz, dubladora e apresentadora de telejornal em São Paulo. Como produtora executiva, realizou como vários documentários, entre eles “Arquitetura na Ilha de Santa Catarina” e “O Capitão Imaginário”. Foi produtora do Programa “A Escola TV”, do Governo de Santa Catarina. É idealizadora e realizadora da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, que teve sua 10ª edição em 2011. Venceu o Edital Curta Criança, do Ministério da Cultura, e realizou os filmes: “O Mistério do Boi de Mamão” em 2006, e “Campeonato de Pescaria” em 2009. Foi presidente da Cinemateca Catarinense – ABD/SC (2006 – 2008). Participou da curadoria infantil da Programadora Brasil/MINC. Participou como jurada infantil do Festival de Cinema Infantil e Jovem Adultos de Hamedan, no Irã, e do Festival Prix Jeunesse Iberoamericano de São Paulo, ambos em 2009. Recebeu vários prêmios e menções honrosas devido ao seu trabalho com cinema infantil.

VISÃO DOS ESTUDANTES SOBRE OS CURSOS UNIVERSITÁRIOS DE CINEMA E AUDIOVISUAL NO BRASIL
QUARTA-FEIRA, 19/10, às 14h.
Com Alesandro Danielli, Lígia Borba, Zaga Matelletto e Dandara Reynaldo.
Mediação de Alessandro Danielli.

Alessandro Danielli é aluno do último semestre do curso de Cinema da UFSC. Trabalhou em curtas-metragens em vídeo como montador, assistente de direção, preparador de elenco e ator. Atualmente, além de assistente de montagem na produtora Contraponto e professor de Cinema na Escola da Ilha para jovens do 8º ao 2º ano, trabalha em seu filme de conclusão de curso, primeiro curta-metragem como diretor.

Lígia Borba é graduanda do último ano do curso de Imagem e Som pela Universidade Federal de São Carlos. Produziu e coordenou a 8ª e 9ª Semana de Imagem e Som; foi editora geral da Revista Universitária do Audiovisual, trabalhou na 32ª, 33ª e 34ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo realizando diferentes funções de produção; é produtora do Dia Internacional da Animação em São Paulo desde 2010; atuou em diversas funções em curtas metragens, e atualmente trabalha como assistente de animação e está na pré-produção do seu curta metragem de conclusão de curso, atuando como diretora.

Zaga Martelletto é aluno de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal Fluminense. Foi presidente do diretório acadêmico do curso, o NECINE (Núcleo dos Estudantes de Cinema da UFF) e monitor da disciplina de “Argumento e Roteiro” em 2009. Fez intercâmbio na Université Paris 8 na França em 2010.

Dandara Reynaldo é aluna do último ano do curso de Cinema e Vídeo da UNISUL. Trabalha como editora de vídeo no Laboratório Multimídia da Unisul Virtual desde 2009. Trabalhou em diversos projetos na área de arte em curta metragens em vídeo e recentemente dirigiu seu curta metragem de trabalho de conclusão de curso.

PRODUÇÃO/ REALIZAÇÃO / DISTRIBUIÇÃO: O MATERIAL E O IMATERIAL
QUINTA-FEIRA, 20/10, às 14h.
Com Cezar Migliorin, Kátia Klock e Débora Ivanov.
Mediação do Prof. José Cláudio Castanheira.

Cezar Migliorin é pesquisador, professor e ensaísta. Membro do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFF e professor adjunto do Departamento de Cinema e Vídeo. Doutor em Comunicação e Cinema (Eco-UFRJ/Sorbonne Nouvelle, Paris). Membro do Conselho Executivo da Socine (Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual). Mantém o Blog Polis + Arte e é colaborador da Revista Cinética. Organizou em 2010 o livro Ensaios no Real : O documentário brasileiro hoje (Ed.Azougue).

Débora Ivanov é formada em Direito, atuou durante 10 anos como produtora cultural realizando exposições, documentários e projetos editoriais. Em 2000, passa a ser sócia da Gullane Entretenimento. É Diretora Executiva do Sindicato da Indústria do Audiovisual do Estado de São Paulo e Diretora Executiva do Instituto Querô, escola de audiovisual dedicada à jovens em situação de risco social.

Kátia Klock É jornalista formada pelaUniversidade Federal de Santa Catarina. Trabalha há 21 anos com produção audiovisual e editorial. Atua como documentarista e diretora de programas de TV. Atualmente dirige o CurtaDoc, série em exibição no SESCTV e também um site dedicado ao documentário, com um catálogo online de curtas.

AS TRANSFORMAÇÕES DA CRÍTICA CINEMATOGRÁFICA BRASILEIRA
SEXTA-FEIRA, 21/10, às 14h.
Com André Zacchi, Francis Vogner dos Reis e José Geraldo Couto.
Mediação do Prof. Jair Tadeu da Fonseca.

André Zacchi é aluno do último ano do curso de Cinema da UFSC e aluno do curso de Mestrado em Teoria Literária da UFSC. Editor da punctum – revista eletrônica do curso de Cinema da UFSC

Francis Vogner é crítico de cinema, co-fundador da extinta revista Cine Imperfeito, já colaborou para as revistas Filme Cultura, Teorema, Miradas del Cine (Cuba), La Furia Umana (Itália), Cahiers du Cinéma España, Foco Revista de Cinema e escreveu por cinco anos para a revista Cinética. É também professor de cinema, produtor de mostras e roteirista de “Carisma Imbecíl” de Sérgio Bianchi.

José Geraldo Couto é jornalista, tradutor e crítico de cinema. Trabalhou na Folha de São Paulo por mais de 20 anos, nas editorias Ilustrada, caderno Mais!, Cotidiano e Primeira Página. Autor dos livros “André Breton – A Transparência do Sonho” (Brasiliense), “Brasil: Anos 60″ (Ática), “Florianópolis” (Coleção Cidades do Brasil, Publifolha) e “Futebol Brasileiro Hoje” (Coleção Folha Explica, Publifolha). Tem artigos e ensaios publicados nos livros “O Cinema dos Anos 80″ (Brasiliense), “Folha Explica Cem Anos de Cinema” (Imago) e “Música Popular Brasileira Hoje” (Publifolha). Colabora regularmente com as revistas “Bravo!” e “Carta Capital” e mantém o blog de cinema

BATE-PAPO COM EDUARDO COUTINHO E JOÃO MOREIRA SALLES
SEXTA-FEIRA, 21/10, às 18h30.
Mediação da Profa. Cláudia Mesquita. 

Eduardo Coutinho estudou cinema no Institut des Hautes Études Cinematographiques de Paris e ao voltar ao Brasil se engajou no Cinema Novo. Começou como gerente de produção de “Cinco vezes favela” e como corroteirista de “A falecida”, de Leon Hirszman. Dirigiu os filmes de ficção: “Cabra marcado para morrer” , “O pacto”, “ABC do amor”, “O homem que comprou o mundo” e “Faustão” e documentários para o TV como “Seis dias de Ouricuri”, “Teodorico, o imperador do sertão” e “Exu, uma tragédia sertaneja”. Dirigiu também documentários como “Volta Redonda, memorial da greve”, “Boca do lixo”, “Babilônia 2000” e “Edifício Master”. O longa “Moscou – que retrata o processo de ensaio de uma peça pelo grupo Galpão –, recebeu o prêmio da crítica de melhor filme documentário do Festival Paulínia de Cinema, em 2009

João Salles é documentarista e se destacou com “Notícias de uma guerra particular”, co-dirigido com Kátia Lund. Ao lado do irmão Walter Salles, fundou a produtora VideoFilmes. Seus primeiros trabalhos foram as séries “China, o império do centro” e “América”. Dirigiu também “Futebol” e coordenou o projeto “Seis histórias brasileiras”, dirigindo “O vale” e “Santa Cruz”. Tem ainda em seu currículo a série “Blues”, premiada no Festival Internacional du Film d`Art do Centro George Pompidou, além de “Jorge Amado”, do vídeo experimental sobre a poetisa Ana Cristina César “Poesia é uma ou duas linhas e atrás uma imensa paisagem”, e do roteiro da série “Japão, uma viagem no tempo”, dirigida por Walter Salles e exibida na TV. Fez roteiros de documentários dirigidos por Walter Salles, como “Krajcberg, o poeta dos vestígios” e na Videofilmes, produziu “Lavoura arcaica”, “Madame Satã” “Babilônia 2000”, “Edifício Master”, “Casa grande e senzala”, “Raízes do Brasil”, “Onde a Terra acaba”, “Nelson Freire”, filmou durante a campanha presidencial “Entreatos” e “Peões” e produziu “O fim e o princípio”, “Jogo de Cena” e “ Santiago”.

Importante!
Para a emissão de certificado é necessário que seja constatada a presença do aluno em 75% das mesas. Recomenda-se que o aluno que quiser se cadastrar para receber certificado chegue alguns minutos antes do início da mesa.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O que rolou no XV Encontro SOCINE 2011 - UFRJ?!

Resolvi compartilhar por aqui, algumas das apresentações que assisti, com alguns comentários e inquietações.  Foi muito importante participar desse evento para entender melhor como funcionam os GTs, e quem sabe no ano que vem, estarei lá novamente, apresentando alguma parte da minha pesquisa!! 

Achei o evento um pouco desorganizado (ninguém sabia dar informações corretamente), muitas mesas começavam atrasadas e MUITAS pessoas leram textos com linguagem completamente acadêmica (raras exceções), dificultando a compreensão e reduzindo as possibilidades de discussão. As apresentações às vezes contavam com mais participantes do que ouvintes. Houve pouco espaço pra discussão aberta e infelizmente as mesas sobre educação e cinema foram marcadas todas no mesmo horário, então tive que priorizar algumas, sem poder participar de todas as outras. Pareceu-me um evento fechado, com pouca divulgação e preocupado meramente com publicações oficiais, que irão rechear o currículo de quem apresentou, sem a menor preocupação em compartilhar tudo isso com a sociedade, afinal muitos desses estudos são financiados pelas universidades públicas, ou seja, pela população.

Ao mesmo tempo, sei que foi um evento que começou pequeno e foi crescendo, ainda deixando a desejar, mas mostrando alguns avanços.

A área de pesquisa em cinema e audiovisual ainda é pouco reconhecida, então é super importante compartilhar trabalhos, discutí-los e lutar por reconhecimento. 

Seguem então, alguns dos trabalhos, com foco maior nas pesquisas relacionadas à cinema e educação!

20/09/11 - Conferência de Abertura com Laura Mulvey – apresentada por Ismail Xavier

Título: Teoria do cinema feminista em tempos de mudança tecnológica: novas formas de espectatorialidade

Houve uma mudança acentuada no significado psicanalítico do espectador de cinema entre a era da película projetada no escuro a 24 quadros por segundo e a atual era digital. Nesta palestra Laura volta-se aos filmes do sistema de estúdios de Hollywood para discutir as maneiras pelas quais a capacidade do espectador de intervir no fluxo dos filmes tem afetado o desejo, a narrativa e o espetáculo cinematográficos. Uma reflexão sobre a mudança da “paisagem espectatorial” e suas implicações para as teorias do espectador.

Comentário: A conferência tinha tradução simultânea (cada pessoa usava um aparelho com fones), que em diversos momentos pecou na tradução, com demora para articular as falas e idéias de Laura. Ela iniciou sua fala sobre ‘prazer visual e cinema narrativo’, associando o tema do encontro este ano “Imaginários invisíveis” aos clichês (mulher-objeto; homem-herói), sendo possível encontrar algo de precioso, a partir das novas tecnologias disponíveis. (retardar e acelerar da imagem e interferência do espectador com o ‘poder do controle’) Laura disse que suas teorias escritas até então, perderam a relevância diante dessas novas tecnologias. É possível ver algo de performático, congelando uma imagem, como ela demonstra com Marilyn Monroe no filme “Os homens preferem as loiras” (1953), ao mesmo tempo, esse poder do espectador de controlar a velocidade da imagem, revelando uma outra figura e ação masculina, enfraquecendo o fluxo narrativo. Ela diz que o cinema de 24 quadros por segundo, não previa essa capacidade de controlar a imagem, revelando precisões que muitos mecanismos escondiam nas performances dos atores e atrizes.

21/09/11 – Sessões de comunicações individuais

Alunos fazendo e estudando cinema

Alita Villas Boas de Sá Rego (coordenadora) - Laborav: Audiovisual e colaboração na Periferia do Rio de Janeiro

Comentário: Alita inicia sua fala, colocando a situação dos estudantes de periferias, que não freqüentam o cinema, e são espectadores de televisão aberta, e às vezes dos DVDs piratas que circulam nas comunidades. Com a idéia de montar um cineclube, percebeu que sem formação de platéia, as salas ficavam vazias. Montou então o LABORAV (sua fonte de pesquisa), dispositivo para produção, projeto de extensão onde os alunos de graduação de baixa renda de Caxias – Baixada Fluminense (?), produzem vídeos (sem interferência de técnicos) com temas, como medo ou filmam com um plano só. O curso de pedagogia tem uma estrutura completa montada, com webtv, rádio, etc. Os alunos criaram programas como “Quem cala, consente”, onde entrevistam estátuas, e o “Voz Urbana”, onde a câmera filma um palanque onde as pessoas falam o que quiserem. Ela também constatou, que é natural a reprodução de clichês nas produções dos alunos, ainda que tenham abertura e oportunidade de fazer o que quiserem. E agora, com o projeto consolidado, o cineclube já tem platéia e grupos de estudos teóricos.

Mariana Porto de Queiroz - Escola engenho: criação de uma escola de cinema pra crianças no Recife

Comentário: Mariana inscreveu seu projeto num edital do estado e sendo aprovado, iniciou seus trabalhos numa escola de cinema, que acabou se ampliando com o passar do tempo. Seu público são 20 crianças de 6 a 12 anos da periferia do Recife, que não vão ao cinema (equivalente a fala de Alita) A idéia era formação de platéia, para implementar cineclube e ampliar o repertório dos alunos, e formando vínculo com a comunidade. Ela chamou 6 realizadores de audiovisual (foco na prática) para colaborar com a formação dos alunos, sem terem qualquer experiência pedagógica, tendo que adaptar suas metodologias para aquele contexto. Os oficineiros tem aulas e diários, como forma de debaterem sobre sua própria formação e experiência com os alunos, procurando sempre melhorias. Também falou do uso de clichês e a tentativa do grupo de libertar a criatividade dos alunos. Comentou ainda do choque cultural entre os oficineiros e alunos, com visões e realidades tão diferentes, onde a escola passou a aceitar o que eles traziam, trabalhando em cima desse repertório. Os alunos tem alunas de técnicas, mas também der discussões, fazendo visitas em museus, intervenções na comunidade, projeções nas ruas, além de trabalhos para estimular a concetração e valores importantes no mundo cinematográfico. O projeto então tem esse aspecto de transformação social, envolvendo toda comunidade. Uma das bases teóricas vem de Deleuze, onde a experimentação é uma forma de adquirir conhecimento, aprendendo com os erros.

Marcos Magalhães - Animação espontânea – Criação e aprendizado na linguagem de animação.

Comentário: Marcos focou sua apresentação na relação da história da animação com o cinema, mostrando diversas experimentações suas e de outros. Deu aula no curso de Design, que tem como ponto em comum com a animação, a manipulação do que está entre imagens. Desde o princípio da humanidade, havia uma tentativa de dar movimento aos desenhos, com a arte rupestre, na tentativa de contar uma história. Foi a animação que originou o cinema, mas com o tempo, ocorreu um deslocamento entre os dois, como se fossem coisas diferentes. Ele cita dois tipos de animação, “contínua” (um desenho depois do outro) e “com posições chaves” (ação gradativa). Marcos trabalha no Animamundi (existe há 10 anos) e oferece oficinas, onde ajuda na formação de professores e uso da animação em sala de aula com crianças. E com o debate aberto, mais uma vez foi dito que o contato com audiovisual promove transformações sociais, onde a ênfase deve ser na prática, valorizando a experimentação e a capacidade de sair do lugar-comum.

Alexandre Buccini - Cinema na Escola - A hora dos alunos “fazerem” cinema documentário

Comentário: Alexandre é professor de universidade e de geografia no Ensino Médio de uma escola de classe alta de São Paulo. Ele sabe que há estudos sobre o uso de cinema, mas encontrou poucas referências com foco na prática. (cinema como linguagem) Sua curiosidade em saber qual é a formação do público de classe alta, originou sua pesquisa de doutorado. Percebeu que os alunos tinham uma visão de mundo muito conservadora (homofobia, exclusão social) e um equivocado julgamento do seu próprio contexto histórico. Iniciou um projeto na disciplina de geografia, com produção de documentário, feita pelos alunos, com exibição no festival da escola no final do ano. E diz que esse pensamento conservador passou a ser desconstruído na medida em que os alunos precisavam pesquisar e entrar em contato com os temas dos documentários.

Painéis

Imaginário e alteridade

Aldenira Mota do Nascimento - CINEMA E EDUCAÇÃO: uma reflexão sobre a produção audiovisual na escola

Comentário: Aldenira é professora assistente (acompanhamento de escola em tempo integral) de uma escola particular do Rio e trabalha com o 8º ano. Com a rivalidade entre os alunos, buscou no cinema uma forma de promover discussões em temas como democracia. Ela não tinha formação e faltava equipamento, mas buscou parceiros e técnicos para ajudar no seu projeto. Tem como referência Alain Bergala, Rosália Duarte e Mônica Fantin. Ela exibiu um vídeo de seus alunos e percebi que não há critério estético com suas produções. Plano parado, sem composição, representação equivalente ao teatro (de mentirinha). Essa experiência é seu ponto de partida da pesquisa de mestrado.

Anderson Silva Vieira - Timor-Leste, cinema e a invenção do Nós

Comentário: O tema não me interessa muito, mas Anderson falou de como o Timor-Leste tem utilizado o audiovisual por uma busca de identidade, na tentativa de resgatar sua história. O uso de documentário é o mais freqüente, e a estrutura ainda é carente. O público consumidor de cinema ainda está em formação.
   
Mirian Ou - O filme-família, Hollywood e o imaginário internacional-popular

Comentário: Mirian tem como foco de pesquisa, filmes-família, que tem o objetivo de atingir um público amplo. Percebeu que os filmes-família são os que ocupam as posições de maior bilheteria. Senti falta de ela falar sobre a narrativa clássica hollywoodiana associado ao lúdico. Ela listou algumas características dos filmes-família que se apresentam justamente nessa relação. Personagens-animais, universos fantasiosos, imagem família (dois adultos e duas crianças), etc. Ela também comentou que são filmes que se projetam para outras áreas do mercado. Também senti falta de ela comentar sobre narrativa transmídia, que não é exatamente o caso, mas tem foco na continuidade do produto cinematográfico.

Seminários temáticos

TV: formas audiovisuais de ficção e documentário

Beatriz Becker - No Estranho Planeta dos Seres Audiovisuais: TV e Educação

Comentário: Beatriz inicia sua fala com a recorrência de discursos que subestimam o repertório e potencial dos alunos. A pergunta “Como a educação pode compreender a mídia e viceversa?” levou-a a um estudo de caso do programa “No Estranho Planeta dos Seres Audiovisuais”, com direção de Cao Hambúrguer, com duração de 16 episódios na TV FUTURA. Em parceria com outro pesquisador, apresentaram sua pesquisa em forma de um pequeno documentário, buscando fazer uma leitura crítica a partir da narrativa, temática, som, edição, etc. O documentário apresenta comentários críticos a partir de exemplos mostrados. Eles acreditam que o programa ajuda a desconstruir os códigos de linguagem da televisão, além de técnicas de animação, mistura personagens fictícios e entrevistas com profissionais da área do cinema e do audiovisual. Apelam para o cômico, ‘brincando’ com a idéia de um espectador passivo, retratada de forma ‘caricaturizada’. E a partir desta leitura crítica, conclui que a TV é sim um espaço de aprendizagem, utilizando este programa como exemplo.

Sessões de comunicações individuais

TECNO-LOGIAS

Maria Helena Braga e Vaz da Costa - Cinema, Tecnologia, Arte: Uma visão crítica sobre a cor no cinema

Comentário: Mª Helena é do Rio Grande do Norte e iniciou sua fala fazendo um mapeamento sobra a introdução das tecnologias no cinema, com foco específico sobre a cor. Ela disse que a cor no cinema, causou impactos econômicos e sociais. Apresentou 4 principais teorias sobre a introdução da cor nos filmes, com as seguintes justificativas (resumo meu): 1. Uso da cor para dar um senso maior de realidade; 2. Para aumentar a possibilidade de criação de novos gêneros; 3. Uma nova forma de lucrar, atraindo o público; 4. Potencializar efeitos dramáticos. E em seguida, ela apresenta suas contraposições: 1. A cor quando introduzida foi utilizada muito mais para experimentos estéticos não-realistas; Ela diz que quando o som surgiu, imediatamente os modos de fazer filmes foram interrompidos e inovados, mas com a introdução da cor, demorou certo tempo para ser incorporada. Somente assumiu ‘seu posto’ na década de 60, para competir com a TV a cores. E a cor era muito associada à fantasia. 2. Mª Helena mostrou um trecho do filme preto&branco ‘Jezebel’ (1938), para exemplificar o uso do contraste claro/escuro (debutante que utiliza vestido ‘vermelho’, se destacando das demais) já incorporado antes da utilização da cor. O realismo não estaria associado a presença da cor, pois outros elementos cumpriam esse papel. 4. Ela nos mostra um trecho de ‘Um corpo que cai’ (1964) com utilização da cor na parede associada ao personagem e ‘Marnie’ (1964) (os dois de Hitchcock) close na bolsa branca da personagem cleptomaníaca. Com isto, ela diz que a cor destaca também elementos, além dos efeitos dramáticos. O filme preto&branco passa a ser uma opção estética, assim como foi os filmes mudos. Ex.: “A lista de Schindler”, ausência da cor para contextualizar um momento histórico, mas uso do vestido vermelho para efeito dramático e deixar o espectador atento.
Mª Helena diz que a adoção de uma nova tecnologia sempre proporciona novos experimentos. E lembra que nos anos 80 foi muito comum colorizar filmes realizados em preto&branco para atrair o público a assistir filmes antigos. Eu coloco a questão do cinema 3D de alta resolução como um terceiro grande marco, e a mesa (outros participantes) acham possível que seja, mas ‘é ver para crer’! Diferente da som, a cor foi melhor aceita por apontar maiores possibilidades de criação e experimentação.

22/09/11 – Mesas temáticas

Ajudando a dar rosto ao futuro: o cinema como espaço de reflexão e transformação

Maria Cristina Miranda da Silva - Cinema e educação - uma experiência de reinvenção

Comentário: Maria comenta sobre a pedagogia godardiana, considerando o cinema como experiência artística, espaço de aprendizado e contribuição para formação de professor. Traz inquietações como “Como ensinar cinema?”; “Como fazer cinema como arte?”; “Como trabalhar o gosto pelo cinema de arte”. Ela cita Godard, que acredita na necessidade de ‘despertar o olhar’ do espectador. E gostar de cinema,  já seria uma forma de aprender a  fazer cinema. Ele diz que aprendeu muito assistindo filmes na sua juventude e isso o ajudou em suas criações fílmicas. Com isto, Maria ressalta a importância de cinematecas (acervos) e dos cineclubes (espaço de exibição e discussão de filmes) e acredita no cinema como instância educativa, sendo a linguagem audiovisual (cinema ampliado) de extrema importância nas escolas. Ela apresenta alguns pontos para pensar o cinema hoje: 1. Considerar o primeiro cinema e sua relação com o cinema de atrações e espetáculos, através de re-criações. 2. Considerar o cinema narrativo clássico (Griffith) como forma de espetáculo de massa e pensar nas possibilidades diferentes das narrativas. 3. União do cinema e das novas tecnologias (ex.: livecinema) e o artista que reinventa a arte. (Arlindo Machado) Ela cita novamente Godard, sobre aquilo que é visível no cinema e o invisível que é visto através do visível. Para isso é preciso um olhar sensível, como espectador e realizador, no contexto educativo, um ensinar a aprender, ampliar o campo de visão, descrever com a câmera, inverter teoria-prática para uma prática-teoria. No campo da educação é preciso estimular a decupagem das imagens, além da busca em experimentar e reinventar o cinema.

José de Sousa Miguel Lopes - O Conformista: conflitos políticos e morais sob o manto do autoritarismo

Comentário: Esta apresentação não me interessou muito, mas algumas colocações foram pertinentes. José discursou sobre o filme “O conformista” e falou sobre o uso do cinema, de filmes como alegorias políticas. Diz que a educação deve contribuir para a autonomia do sujeito de decidir o rumo de sua vida. (Emancipação de Kant?) E que qualquer autoritarismo aniquila qualquer possibilidade de autonomia.
  
Selma Tavares Rebello – O Debate no Cineclube da UFRJ numa Perspectiva de Releitura da Prática

Comentário: Selma fala da importância do Cineclube (aprendizagem não-formal), que é um espaço que possibilita contato com a arte e discussão a partir de questionamentos e inquietações sobre o filme, e que a partir dele (experiência na UFRJ com foco em alunos da Pedagogia e da graduação em geral), com temáticas sobre educação, é possível provocar releituras na prática pedagógica e leituras críticas dos filmes. Para o debate ser ainda mais rico, o cineclube conta com a presença de professores e cineastas e suas respectivas contribuições. Ela considera a arte uma ‘forma de representar os sentimentos do mundo’, não pretende ensinar nada, mas apresentar. Considerando o espaço único e limitado, os critérios de escolha dos filmes é rigoroso, com foco em filmes que fogem do padrão comercial. Ela traz as seguintes inquietações “É possível mudar alguma visão de mundo a partir da prática de ver filmes?!”; Ou ainda, “promover notas leituras sobre educação?”; “O que fazemos? Para quê e para quem?! Neste sentido, é importante impregnar no pensamento pedagógico a arte, experiência dos sentidos, o olhar do outro a partir do nosso e entender o espaço do cineclube, como um lugar para o ato criativo. Ela cita suas referências (Alain Bergala, Rosália Duarte, Ismail Xavier, Arlindo Machado e Bordieu) e diz que a competência para ver filmes não se restringe em apenas assistir filmes, é preciso discuti-los, problematizá-los.

Debate: Após as apresentações, foi iniciado um debate a partir das questões dos participantes ouvintes. E José diz que ‘ver um filme e não discuti-lo é destruir todo seu potencial educativo’. Todos os três defenderam a exclusão do cinema comercial em sala de aula ou nos cineclubes, para valorizar o tempo com obras artísticas, privilegiando a diversidade, a partir de filmes de pouco e difícil acesso. Eu me pergunto se isso não é um certo autoritarismo, impor somente um determinado tipo de cinema para contrapor com o repertório supostamente já formado com cinema comercial, contradizendo a fala anterior de José. Ele também comenta sobre o professor-herói caracterizado nos filmes hollywoodianos, em contraste com o professor do filme “Entre os muros da escola”. Falou que o cinema hollywoodiano não é a mesma coisa que cinema norte-americano. Foi aí que levantei a seguinte questão: “Se no espaço da escola só se deve discutir um ‘outro’ cinema, qual seria então o espaço para discutir o repertório que eles já carregam?! Apresentar um ‘outro’ cinema é suficiente para dar conta?! Não deveria haver discussão nos dois casos, ressaltando justamente as diferenças?!’ Como julgar um filme de arte?! Como aproveitar o repertório?! Porque exibir só o que é de vanguarda?! Não existe uma questão de gosto também, muito pessoal?! Um ver ‘além’ não se aplica a qualquer pessoa, pois nem todos dos filmes permitem ‘ver’ além, só por se pretenderem para tal, vai depender da experiência pessoal e relação de cada pessoa com o filme.

Seminários temáticos

TV: formas audiovisuais de ficção e documentário

Arlindo Ribeiro Machado Neto - A Morte da Televisão segundo Lost

Comentário: Arlindo exemplificou características e desdobramentos do seriado Lost como uma forma de narrativa transmídia bem sucedida na televisão. (Partindo do conceito de Henry Jenkins, que exemplificou ‘Matrix’ no caso do cinema). Lost revolucionou a forma de se fazer televisão, criando espaços parelelos à narrativa seriada, como jogos, enigmas para serem desvendados em pistas espalhadas em programações, cartazes, produtos, etc. Nesse sentido, interromper uma temporada, não significava o desligamento temporário dos fãs, durante o período de pausa, as experiências e enigmas continuavam. Tudo isso provoca uma excitação, uma atração, para um espectador que se recusa a ser passivo e passa a ser ativo e participante. Como o próprio Jenkis diz, tudo isso tem uma relação com mercado e marketing, mas é um fenômeno que fez a TV morrer e renascer de uma outra forma.

Eduardo Tulio Baggio e João Carlos Massarolo também fizeram apresentações, mas as considerei irrelevantes diante do que já havia sido falado. Apenas destaco que a TV passa por um processo de transformação, na qual a necessidade de criação de universos se faz necessária. Universos onde o espectador possa participar ativamente, produzir e consumir conhecimento e informação.

No contexto brasileiro, Arlindo Machado diz que a TV Globo é ainda muito conservadora, mas o programa-novelinha Malhação se apresenta como uma tentativa de narrativa transmídia, com vídeos paralelos em sites (início em 2009), opções de personalização e agora com perfis dos personagens no twitter.

23/09/11 – SESSÕES DE COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

ENCONTROS ENTRE AUDIOVISUAL E DOCÊNCIA

Inês Assunção de Castro Teixeira (coordenadora) - Sob a “Câmera de Nestor Canclini”: ancoragem para encontros entre cinema e docência

Comentário: Inês é fundadora da rede Kinos e apresentou um panorama sobre o autor Canclini (vida e obras, olhar para América Latina) e citou 4 pontos de partida no contexto da educação. 1. Formação de professores com foco no estímulo às questões éticas, estéticas, poéticas, intelectuais, etc. 2. Quebra de dicotomias e pensar de forma mais experimental, típico do campo da arte, mais distante da ciência. ‘hibridização’. 3. Pensar o mundo contemporâneo para além do mundo, considerando a arte como possibilidade de iminência, deixar acontecer, deixar chegar e como possibilidade de criação do inexistente. 4. Considerar a arte como construção social, entre relações sociais, dentro de um mercado. Cidadania também envolve consumo, cabe se perguntar “Qual consumo?” Ela encerra dizendo que o cinema pode ajudar a trabalhar a sensibilidade dos professores.

Ana Paula Nunes - Metodologias de quadro a quadro

Comentário: Ana tem formação em cinema e audiovisual e participa de um projeto de extensão chamado ‘quadro a quadro’, fazendo referência ao quadro de uma sala de aula e quadro de uma sala de cinema. Ela inicia a fala, dizendo que a pesquisa sobre cinema ainda precisa de reconhecimento, pois ainda não está inserido nos currículos educacionais. (Fernão Ramos considera o cinema uma área do conhecimento). Ela diz que pouco se pensa sobre metodologias possíveis (fugindo de ‘receitas’ aplicadas na sala de aula). Falta uma normatização dessas experiências. Cita 2 linhas de pensamento, entendendo o cinema como arte e comunicação: educomunicação e  arteducação. (Mídia-educação NADA!!) Na educomunicação se considera a pedagogia da linguagem total. Na arteducação, com referência em Alain Bergala, considera o cinema como arte. Ela coloca aproximações e diferenças entre estas duas linhas de pensamento. Diz que existem longas experiências que não são sistematizadas, resultando sempre em recomeços. Cita Paulo Freire, saber como prática, onde as atividades dos alunos se baseiam em compromissos voluntários. Logo depois coloca algumas propostas. 1. 5 pistas para trabalhar o cinema, além do rádio, TV e cinema, considerando as palavras, imagens, sons (voz, ruído e música). Fala de uma aproximação com a cultura popular. 2. A partir de Bergala, outra proposta envolve uma análise criativa e crítica. Foco na percepção, intuição, criatividade, reflexão. Bergala diz que a verdadeira reflexão nasce da prática. E propõe ainda que o processo de leitura crítica se inicie com imagens fixas, para depois trabalhar as imagens móveis. Porém Ana diz que a visão de Bergala é muito radical, pois ele considera a televisão e os produtos de consumo uma ‘miséria’ e quem os utiliza em sala de aula é um ‘traidor’.

Paulo Roberto Montanaro - A transmídia e a busca de uma nova linguagem audiovisual para EaD

Comentário: Paulo contextualizou o que seria uma narrativa transmídia e disse que até agora ela só foi aplicada em bens de consumo. Sua pesquisa parte de inquietações de como aproveitar a narrativa transmídia no contexto educativo, com foco em EAD, que utiliza o audiovisual como material pedagógico e instrucional. Paula ressalta a importância de criar vídeos atrativos e dinâmicos, pois a monotonia dificulta a apreensão do conteúdo e causa desinteresse. Ele diz que os vídeos produzidos para EAD não são ficção e nem documentário, por isso é preciso formular uma nova linguagem para essa área. Cita Vygotsky para ressaltar a importância do diálogo e de alguém que pensa na educação com participação ativa. Após sua fala, comentei do Projeto do LANTEC, Eproinfo que poderia ser considerado um projeto inovador de narrativa transmídia no contexto educativo, voltado para EAD. Citei o ‘conceito’ (não sei ao certo) de estudos autônomos, que eles evocam no projeto. O projeto ainda está em construção e será implementado no Portal do Professor, para ajudá-lo a fazer uso das mídias, como usuário e professor, utilizando diversas plataformas como suporte pedagógico, como criação de blogs, pesquisa na internet, elaboração de textos, acesso à vídeos em diversos canais, etc.

PRODUÇÃO CASEIRA E RECEPÇÃO NO ESPAÇO VIRTUAL

Lígia Azevedo Diogo - Vídeos de família analógicos: a produção doméstica pré-YouTube

Comentário: Lígia faz uma apresentação sobre sua pesquisa se mestrado, relacionando imagens de família de vídeos analógicos com as produções domésticas do youtube. Comenta sobre a falta de pesquisa sobre o assunto e na despreocupação em preservar este material. Porém senti falta da relação com a história do cinema, que apresenta no início de sua história, registros familiares, hoje considerados relevantes e históricos, além de não ter falado da atual digitalização dos vídeos analógicos.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

"As melhores coisas do mundo" de Laís Bodanzky 2010


Quais poderiam ser as melhores (e piores) coisas do mundo para um adolescente de 15 anos, cursando o ensino médio, como Mano (Francisco Miguez)?! Quais seriam suas preocupações, tristezas e alegrias?! Como seriam nossos jovens hoje, a partir da perspectiva deste filme?!
E quais poderiam ser as questões-chave para discutir a adolescência da classe média (e alta) hoje? Bullying, sexualidade e tecnologia, tudojuntoemisturado?!
Se utilizarmos o filme como ponto de partida para discutir a sexualidade na adolescência, já teríamos um início interessante, onde Mano e seus amigos pagam algumas garotas de programa para perder a virgindade (comum nessa faixa etária), porém é aí que nosso protagonista se diferencia dos demais, recusando-se a ter a primeira vez com alguém que mal conhece, reservando-se para a amada (e piriguete) Valéria, sem deixar de impressionar os amigos, claro!
E enquanto 'escapa' da empreitada dos amigos, numa tentativa de fugir do 'assunto', o tema da sexualidade mais uma vez se depara diante de Mano, quando seus pais resolvem se separar, e mais tarde o pai assume sua homossexualidade diante dos dois filhos, Mano (caçula) e Pedro (Fiuk). Para um adolescente, um verdadeiro 'paradoxo', como diz Mano!! Quão difícil é ser filho de um pai que se assume 'gay' numa sociedade ainda tão preconceituosa?! Ou simplificando, quão difícil já é lidar com uma família que se desfaz pelas incompatibilidades da vida íntima?!
Talvez para ninguém seja fácil lidar com uma família que se desfaz...
E se no início nosso protagonista se apresenta como autor de constrangimentos alheios, como desenhar a garota 'lésbica' da escola e colar no mural, sem ressentimentos, agora é ele quem se depara com a situação inversa e precisa enfrentar um preconceito (seu e dos colegas) ainda maior, diante da situação com o pai.
Numa era em que a tecnologia não perdoa, e nós monitoramos a nós mesmos, ninguém escapa da fila de sofrer violência psicológica ou física de alguma forma, ao menor deslize. Se a brincadeira de desenhar um/uma colega parece inofensiva, quando é a garota amada quem tem fotos nuas divulgadas, ou o segredo da melhor amiga de beijar um professor é revelado, a piada perde a graça.
Laís Bodansky já havia nos apresentado a temática das drogas na década de 90 com "Bicho de sete cabeças", mas neste filme ela trouxe temas mais contemporâneos e urgentemente necessários para se discutir a educação hoje. Como lidar com as tecnologias atuais no contexto da escola, incutindo a responsabilidade e consciência reflexiva nos alunos?! Como trabalhar a cidadania e democracia, quando os próprios alunos julgam e condenam o tempo todo, as ações alheias, desinteressados com as conseqüências de seus atos?!
Ao mesmo tempo, é no espaço web, que muitos sentimentos ficam aflorados e podem criar uma ponte de aproximação entre pais e filhos, educadores e educandos. Pode se tornar um lugar para entender o adolescente e a fase que vivencia, quando muitas coisas não se revelam de outras formas, ainda que algumas expressões e escritas sejam muito subjetivas. Muitos blogs são usados para desabafos, e é justamente por isso, que Pedro, desiludido com o amor, tem a morte evitada, ao postar sobre seu suicídio.
Ou ainda, quando o blog é utilizado para agredir colegas e amigos, funcionando com um espaço de fofoca e discussão da vida alheia, ao invés de proibí-lo, quem sabe utilizá-lo de forma direcionada e educativa. Afinal, numa sociedade onde a fofoca e vida alheia geram um mercado pomposo, fica difícil conter os jovens dos mesmos impulsos. Mas se trabalhado desde a primeira idade, talvez no futuro seja um mercado falido! Quem sabe?!
Nem sempre aquilo que a escola apresenta para discutir é o que interessa os jovens, mas nem por isso eles não tenham capacidade de levantar suas próprias questões e defender suas causas mais urgentes, como pedir o retorno de um professor injustiçado, formar chapas para o grêmio da escola, levantando a bandeira da igualdade e diversidade num "Mundo Livre", e discursar contra o bullying, intensamente praticado há tempos, e aflorado com o anonimato do espaço web.
Sexualidade e bullying são temas recorrentes nesta obra de Bodanzky, e é partir de Mano que ela nos apresenta os desafios de lidar com o diferente ou de defender sua visão de mundo, além das desilusões diante dos relacionamentos afetivos, com o toque dramático típico da adolescência, envolvendo amores, paixões, família e/ou amizades.
Mas nesse 'mar' de problemas típicos e comuns, alguns personagens recusam-se a nadar com o 'cardume'. Mano talvez seja o 'peixe que nada sozinho', como diria o professor de física Afonso (Caio Blat). Nosso protagonista prefere 'nadar' conforme sua vontade, revelando-se um romântico moderninho, com direito às aulas de violão e beijos apaixonados na menina amada ou na melhor amiga, onde talvez vivencie seu primeiro amor realmente correspondido.
E é entre alegrias e tristezas que nos deparamos com atuações delicadas, histórias complexas, envoltos em temas polêmicos e necessários para discussão, sem deixar de sentir a nostalgia das festinhas de 15 anos e dos bons anos de estudantes da educação formal. Não é um filme denso e reflexivo, mas um ponto de partida, para discutir alguns de tantos problemas que se apresentam na educação dos dias de hoje!

XV Encontro Internacional da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema



Hoje embarco para o Rio de Janeiro para participar pela primeira vez de um Encontro da SOCINE - Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual.

As mesas sobre cinema e educação estão fantásticas, então imagino que muita coisa boa vai rolar durante estes 5 dias de evento!! Para os interessados, fica a dica!!!

E para os mochileiros de primeira viagem, como eu, seja o que Deus quiser!!! =)

Confira algumas mesas redondas (cinema & educação) bem bacanas:

- Alunos fazendo e estudando cinema
- Cinema e educação – pesquisas em diferentes contextos educativos
- As artes de Godard: diálogos entre cinema e educação
- Imaginários (in)visíveis e iniciativas (im)possíveis com cinema e educação
- Exibição, pesquisa-intervenção e sala de aula
- Imaginário e alteridade
- Ciências sociais e cinema: metodologias e abordagens de uma pesquisa interdisciplinar
- Gêneros e Olhar

- Tecno-logias
- Encontros entre audiovisual e docência
- Indústria e Recepção Cinematográfica e Audiovisual
- TV: formas audiovisuais de ficção e documentário
- Produção caseira e recepção no espaço virtual

- Estética e experiências transmidiáticas
- Narrativas em rede

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Dancing at the movies!!

Hoje é sexta!!! Então curta essa fantástica vídeo-montagem com trechos de filmes!!! Amei!!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

"O golpista do ano" de Glenn Ficarra, John Requa 2008


Não costumo falar sobre todos os filmes que assisto, apenas sobre aqueles que me dão vontade de falar, sendo bons e ruins. (mais os bons que os ruins). 

Foram poucos os filmes que assisti, retratando uma história de amor entre dois personagens gays. (Recomendo: "Crazy - loucos de amor" e "Minhas mães e meu pai") E acredito que são poucos os filmes que são feitos sobre o assunto, diante do preconceito ainda presente na sociedade contemporânea. 

Ainda estamos aquém de superar tabus enraizados culturamente, mas se for possível fazer isto através do cinema, com humor e sensibilidade, já seria um começo. Ainda é difícil distribuir filmes com esta temática, tamanho é o conservadorismo do público. Acredito que o elenco de qualidade e a ousadia de Glenn Ficarra e John Requa tenham contribuído para enriquecer e divulgar o filme pelo mundo afora.

E se tratando de história de amor gay, os talentosos Jim Carrey e Ewan McGregor conseguiram contá-la com muita coragem, humor e sensibilidade, numa história redondinha, baseada em personagens e acontecimentos reais. 

O filme conta a história de Steven Russell (Jim Carrey), um homem bem casado, policial texano, que decide assumir sua homossexualidade após um acidente e passa a praticar vários golpes para manter seu alto padrão de vida 'gay'.  

A trama é construída pela narração em primeira pessoa do personagem, onde as seqüências se intercalam numa brincadeira de idas e vindas, "Ops, não contei isso!!" ilustrando os truques e omissões do personagem durante sua vida pré e pós-gay. Steven era um artista do crime!! Usava a criatividade para contornar qualquer problema que surgisse, inclusive o da prisão.

Diante de vários golpes, Steven é preso e levado a uma penitenciária estadual. Lá conhece Phillip Morris (Ewan McGregor), por quem se apaixona. Os dois vivem uma grande (e engraçada) história de amor na cadeia (mais no sense, impossível), mas é fora dela que os truques e golpes de Steven começam a ser descobertos e ameaçam a vida do casal.

O curioso do filme, é a leveza passada diante do romance dos dois, polêmico por natureza. Confesso que não é fácil 'culturamente', ver dois atores ou pessoas do mesmo sexo se beijando, sem achar certa graça ou ficar um pouco constrangida, mas o ritmo do filme é construído de uma maneira tão divertida e delicada, que é impossível não torcer pelos dois e deixar-se levar pela trama absurdamente realista. A música alegre e divertida, ameniza as cenas 'quentes' e sugestivas sexualmente.

Se não fosse baseada numa história real, muitos achariam inverossímel  e difícil de 'comprar', mas a vida é tão surpreendente, que nem sempre consegue convencer o cinema repleto de clichês! O filme foi baseado no livro-reportagem do jornalista Steve McVicker, "Eu te amo, Phillip Morris: Uma Verdadeira Estória de Vida, Amor e Escapadas da Prisão" e conta a história real de Steven Jay Russell, vigarista, impostor, e múltiplo fugitivo da prisão do Texas. 

Para aqueles de mente aberta (ou quase) é uma opção divertida, interessante!! Nada cult ou super reflexivo, apenas uma maneira diferente das usuais para falar sobre os (i)limites do amor.

 E viva o amor!!! =)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

"Você não conhece Jack" de Barry Levinson 2011


Numa tarde preguiçosa, eu estava assistindo mais um episódio de Law&Order (amo séries policiais), sobre um caso de acusação de um médico que praticava eutanásia nos pacientes. O advogado de defesa dizia, 'meu cliente é o novo Kevorkian' e fiquei intrigada com este sobrenome. 

No mesmo dia, selecionando filmes para locação no site da Videoteca, deparei-me com este título "Você não conhece Jack", com a cara do Al Pacino estampada na capa. Parecia bom, e quando li a sinopse, deparei-me novamente com o mesmo sobrenome: Kevorkian.

Jack Kevorkian, foi um médico dos EUA, que auxiliou pacientes a cometerem suicídio, defendeu a eutanásia com unhas e dentes e foi absolvido em vários julgamentos, até ser condenado e cumprir uma pena de 8 anos, saindo da prisão com 79 anos. O médico morreu em junho deste ano, com 83 anos e sua trajetória de vida, rendeu-lhe o apelido de Dr. Morte. E durante mais de 120 minutos, conhecemos melhor sobre sua personalidade complexa e obstinada, as poucas pessoas leais que o rodearam, como a irmã e os amigos, e é a partir desta figura excêntrica, que o filme nos apresenta o debate polêmico sobre eutanásia.

A atuação impecável de Al Pacino neste filme, rendeu-lhe tanto o Emmy como o Globo de Ouro, e só por isso, já valeria a pena conhecer o trabalho. Mas o filme é recheado de boas surpresas e atuações. Fugindo daquele ritmo acelerado dos filmes de ação, aproxima-se muito mais dos filmes documentais, lentos, atentos aos personagens e diálogos ácidos, intercalados com imagens e depoimentos dos personagens-pacientes, construídos de forma realista, buscando na qualidade precária do VHS, sua construção estética.  

Kevorkian era um homem inteligente, com senso de humor ácido (tipo House), objetivo, direto, obstinado e ao mesmo tempo, sensibilizado pela dor alheia. Viu sua mãe sofrer até morrer e lutou pelo direito de escolha dos pacientes, em estado terminal ou quadro irreversível. Ele oferecia uma oportunidade para pacientes determinados a acabar com sua dor, mas sem coragem de fazer sozinhos (ou não, em tentativas frustradas), tendo a ajuda de um médico, que de certa forma brinca de ser Deus ao salvar vidas ou driblar a natureza humana com remédios e tratamentos.

Para os extremistas, um assassino e lunático, e quando questionado por uma ativista, em determinada passagem do filme, se não tem religião ou não acredita em Deus, responde que seu Deus é Bach, o músico, pois afirma que este de fato existiu, já o Deus dos cristãos, é 'inventado'. Achei um sarro!!

Não sou cética e nem atéia, acredito em 'Deus' (palavra já utilizada pela humanidade e que facilita a comunicação) e no bem, mas não acredito em extremos, pois acho que ele provoca injustiças, muitas vezes causadas por fanatismos religiosos e de outros tipos (regimes totalitários, por exemplo). Nenhum fanatismo é saudável, talvez nem o de Kevorkian, que provoca a sociedade, ao agir acima da lei e pensar que sempre poderia sair ileso. Ao mesmo tempo, muitas das transformações da humanidade, foram ações acima ou contra a lei, quando consideradas injustas, inadequadas ou impróprias, portanto é realmente difícil opinar e decidir sobre a eutanásia e os assuntos relacionados ao tema, enquanto cidadã, ser social que participa ativamente de uma sociedade, e age de acordo com as leis.

Contudo, como pessoa, apóio a causa, pois acho que toda pessoa deveria ter a liberdade de escolha do que fazer do seu próprio corpo e vida, quando conquistada a emancipação. (sair dos cuidados de outrem, como no caso, ingressar na vida adulta). Optar em abortar ou não, em querer tirar a própria vida ou não, em arcar com as conseqüências dos seus atos, seja em vida, ou depois dela, diante do que nos espera, sem certeza de nada. Porque a sociedade tem que decidir por nós, só por não concordar conosco?!

E se tratando de casos extremos, com ajuda médica, apóio ainda mais, pois desde quando somos obrigados a sofrer e penar no final de nossas vidas?! Essa visão humana foi criada pelo cristianismo, quando inventou um Deus que desejava o sofrimento e a culpa humana. Quantas famílias se destróem ou são sugadas por uma doença que mata lentamente, evidenciando sentimentos de culpa, raiva, pena, dor?! Porque não partir deste mundo, deixando as melhores lembranças e melhores imagens?! Porque partir definhando, sem qualquer sopro de vida ou energia?!

Muitos alegam que é se fazer de Deus, decidir entre a vida e a morte, mas se considerarmos esta perspectiva, todo dia nos fazemos de Deus, ao tomar remédios e prevenir ou tratar doenças, fazer plásticas, modificando a natureza do corpo, ou até fazemos o contrário, destruindo nosso corpo com álcool, drogas, vícios e péssimos hábitos. Todo dia decidimos o rumo de nossas vidas, porque não podemos decidir como dar fim a ela?! 

Kevorkian alega que em estado de coma, legalmente, orientado pelos médicos e decidido pelos responsáveis legais, o paciente inconsciente pode ter os aparelhos desligados, causando uma morte 'dolorosa', já que fica privado do ar e da alimentação, portanto uma morte indolor, em estado consciente, seria mais adequado, já que o paciente tem o direito de escolher.

A luta do médico se relaciona com seu próprio interesse pessoal, pois quando chegar a 'sua hora', gostaria de garantir este direito, de ter ajuda médica e decidir amenizar sua dor e sofrimento ao final da vida. Ele diz nos extras do dvd, "todos vamos morrer, eu, você, todos nós!" com muito bom humor. Um senhor simpático, engraçado, racional, ao mesmo tempo que sensível, da sua maneira, mas sensível. Alguém que não casou, não teve filhos, viveu envolto na medicina e na arte, ouvindo e tocando boa música, pintando quadros pavorosos, tentando sempre captar o sentimento humano diante do horror.

"Você tem que comunicar algo, ou a arte não faz sentido!'"Jack Kevorkian

Kevorkian me lembra até o 'Super-Homem' de Nietzsche, por não se rebaixar à culpa e humildade humana cravadas pelo cristianismo, por assumir e defender sua visão de mundo com obstinação. Isso também é ter fé e ter muita coragem! Acreditar em si mesmo e nos seus ideais! No final das contas é sobre isto que o filme fala, e é preciso ter a mente aberta (ou se esforçar para tal) para enxergar os dois lados da moeda, e ter a ousadia de posicionar-se, independente do lado. Talvez falte mais disso na sociedade, escolher 'um lado', o seu lado, e defendê-lo com unhas e dentes!


"Se sou um, é melhor estar em desacordo com o mundo do que estar em desacordo comigo mesmo!" Sócrates

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Notícias rapidinhas de cinema XL

 
1. A personagem Branca de Neve, interpretada por Kristen Stewart (Crepúsculo) em "Snow White and The Huntsman" (sem título em português) será uma guerreira. Na sinopse, o caçador enviado pela Rainha Má para matá-la, é quem será seu treinador. Outra versão para o clássico dos irmãos Grimm, ainda sem título, está sendo produzida por Tarsem Singh, e tem Lily Collins (filha de Phil Collins) como a protagonista e Julia Roberts como a rainha má.

2. O clássico filme de aviação "Top Gun - Ases Indomáveis", protagonizado por Tom Cruise em 1986, voltará aos cinemas em 2012 no formato 3D. Além de "Top Gun", os estúdios de Hollywood devem estrear mais duas conversões em 3D, caso de "Guerra nas Estrelas Episódio 1: A Ameaça Fantasma", previsto para ser lançado dia 10 de fevereiro de 2012, e "Titanic", que estreia no dia 6 de abril do mesmo ano.

3. O terror "Lovely Molly" é o novo projeto do diretor-roteirista Eduardo Sánchez, conhecido após o sucesso de "A Bruxa de Blair". Na trama, uma garota recém-casada retorna à casa abandonada de sua família e passa a ser atormentada pelas memórias de sua infância. O papel principal do longa é ocupado pela estreante Gretchen Lodge. O filme ainda não tem previsão de estreia no Brasil.

4. Corrida para o Oscar! "Bruna Surfistinha" e "Tropa de Elite 2" estão entre os 15 filmes brasileiros inscritos para representar o país na disputa por uma vaga entre os indicados ao Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro de 2012. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo Ministério da Cultura. Destaque para o filme catarinense "A antropóloga" de Zeca Nunes Pires, que também está na corrida!! Confira a lista completa aqui!!

5. O PLC 116, projeto de lei que unifica os serviços de TV a cabo no Brasil e autoriza as teles a explorar esse mercado no Brasil, deverá ser sancionado nesta segunda-feira (12/09), pela presidente Dilma Rousseff, sem veto. Pela nova regulamentação, as emissoras serão obrigadas a estabelecer uma cota de três horas e meia por semana de conteúdo nacional, sendo que pelo menos uma hora e 45 minutos devem ser de conteúdos nacionais independentes e também dá poder à Agência Nacional de Cinema (Ancine) para regular e fiscalizar o exercício da produção, programação e empacotamento de conteúdos.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Filmes do mês: setembro

São atualizados no decorrer do mês.

11T-"O vizinho" de Neil LaBute 2008 (2)
10T-"O desinformante" de Steven Soderbergh 2009 (2)
09T-"As melhores coisas do mundo" de Laís Bodanzky 2010 (4)
08T-"O golpista do ano" de Glenn Ficarra, John Requa 2008 (3)
07L-"Você não conhece Jack" de Barry Levinson 2011 (3)
06L-"Além da vida" de Clint Eastwood 2010 (3)
05L-"Desconhecido" de Jaume Collet-Serra 2011 (3)
04L-"Pânico 4" de Wes Craven 2011 (0)
03L-"Olho por olho" de Prachya Pinkaew 2011 (1)
02L-"Vips" de Toniko Melo 2011 (2)
01L-"O ritual" de Mikael Hafström 2011 (3)

*Filmes Revistos Organização: Ordem crescente - em números.

Nome do filme + diretor + ano.

Códigos: B (baixado), C (cinema), D (dvd acervo pessoal), L (locadora), T (tv).

Obs.: A - código especial para Avião! hehehe

Notas:
(0) dispensável
(1) ruim ou fraco
(2) razoável
(3) bom - técnica ou emocionalmente
(4) muito bom - rolou um punctum
(5) excelente - marcou minha vida
(P) prazer culpado (tecnicamente ruim, mas adorei)